Marcelo Rebelo de Sousa recebeu os parceiros económicos e sociais no Palácio de Belém sobre o Orçamento do Estado para 2018, depois de ter ouvido os sete partidos com assento parlamentar.
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O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal avisa o Governo que a agricultura portuguesa necessita de maior apoio financeiro, caso contrario ficarão em risco os resultados até aqui alcançados.
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Após uma audiência sobre o OE2018, Eduardo Oliveira e Sousa assinalou que "o país atravessa uma seca que está a atingir uma dimensão fora do vulgar", pelo que "é fundamental que o Governo olhe também para as consequências dessa seca e sejam criadas medidas que permitam enfrentá-la", dotando o setor agrícola de "instrumentos financeiros que possam levar o setor a cumprir a sua missão".
Por sua vez, o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, João Vieira Lopes, solicitou a redução dos "empréstimos forçados ao Estado", como o Pagamento Especial por Conta.
João Vieira Lopes salientou que "as empresas têm dificuldades de capital e de tesouraria", pelo que este orçamento deve criar um panorama fiscal "mais favorável para agilizar o funcionamento" das companhias.
Outra das preocupações apresentadas a Marcelo Rebelo de Sousa refere-se ao Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas.
"Nós pensamos que deveria continuar o movimento de baixa do IRC, mesmo que a um ritmo mais simbólico do que já foi feito no passado", sustentou o presidente da CCP.
O presidente da Confederação do Turismo Português, Francisco Calheiros, defendeu o Governo deve manter a legislação laboral existente, mas baixar o imposto sobre as empresas.
"É nosso entendimento que, neste momento - e aliás face à baixa do desemprego, que esteve quase a 17% e que neste momento está abaixo dos 9% - não faz qualquer sentido estarmos a mexer na legislação laboral [porque] foi com esta legislação laboral que atingimos esta taxa", afirmou o responsável.
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Frisando que a CTP já entregou ao Governo as sugestões relativas ao documento, Francisco Calheiros apelou também a "um desagravamento fiscal".