Salvador Malheiro e Rui Rio reagiram às críticas do presidente da Câmara de Lisboa.
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Depois de Fernando Medina ter dito que Salvador Malheiro "estava com saudades de ir à televisão" por ter comparado a situação de Ovar, que no início da pandemia teve um cerco sanitário, com o que se está a passar em Lisboa, Rui Rio criticou a postura do presidente da Câmara de Lisboa.
O líder social-democrata considera que Medina "esteve muito mal" na resposta ao presidente da Câmara de Ovar. "Todos temos momentos menos felizes e hoje o presidente da Câmara de Lisboa esteve particularmente infeliz", escreveu.
Fernando Medina esteve muito mal na resposta ao Presidente do Município de Ovar, Salvador Malheiro. Todos temos momentos menos felizes e hoje o Presidente da Câmara de Lisboa esteve particularmente infeliz.https://t.co/0TJLo1mvI0
- Rui Rio (@RuiRioPSD) June 22, 2020
Na noite desta segunda-feira, pouco depois do comentário do autarca lisboeta, já Salvador Malheiro se tinha vindo defender no Facebook, acusando Medina de ter sido "extremamente deselegante" e mal-educado.
O presidente da Câmara de Ovar começa por dizer que a opinião do autarca de Lisboa "não deixa de ser curiosa" quando "passa a vida a comentar, nas televisões, sobre assuntos que não domina" e "não tem qualquer pudor em se colocar em pose, atrás das câmaras, aquando da chegada de um qualquer avião carregado de EPIs".
https://www.facebook.com/salvador.malheiro/posts/1456347614575393
Contudo, Salvador Malheiro vai mais longe e lembra que quem está em causa é o respeito pelos habitantes de Ovar, mas também "vida, segurança e proteção de todos os munícipes de Lisboa, perante tamanha falta de liderança, arrojo e coragem do seu presidente de Câmara (que não é de Lisboa)".
Numa entrevista à TVI, Fernando Medina desvalorizou o pedido de Salvador Malheiro para que seja imposta uma cerca sanitária na cidade.
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"Salvador Malheiro estava com saudades de ir à televisão porque ele não faz ideia do que é Lisboa, que basta uma freguesia de Sintra para ser maior do que Ovar. As pessoas circulam livremente no país, sem fronteiras. Em Portugal, a circulação é totalmente livre. É normal que existam pessoas infetadas que vão em lazer para outros sítios, de fim de semana", atirou o autarca.
Apesar de descartar a hipótese de uma cerca sanitária, o presidente da câmara da capital reconheceu que não houve um controlo do conjunto de surtos associados a empresas que se registou há umas semanas e, por isso, o número de casos aumentou significativamente.