O mandarim pode passar a ser uma língua opcional no ensino básico e secundário. A ideia foi reforçada por Nuno Crato, ministro da Educação e do ensino superior, esta tarde, na inauguração do Instituto Confúcio, na Universidade de Aveiro.
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Parcerias culturais, que podem reforçar as ligações económicas e sociais entre os dois países.
Nuno Crato referiu o exemplo de São João da Madeira, onde cerca de 750 alunos portugueses já estudam mandarim. Mas, a intenção do detentor da pasta da Educação e Ensino Superior é que sejam cada vez mais os alunos que tenham acesso ao mandarim.
Por isso mesmo, garante, poderá estar para breve o ensino de mandarim como língua opcional nas escolas portuguesas.
"Como é evidente estamos a centrar-nos no inglês. Há disciplinas de opção como o Francês, o Espanhol e o Alemão. Não nos custa nada pensar que, dentro de poucos anos, tenhamos no ensino básico e secundário também o mandarim como opção. É muito possível que aconteça dentro em breve", adianta.
Em cima da mesa está já um protocolo para trazer professores da China para o ensino do mandarim. "Um acordo com o equivalente ao Instituto Camões na China para que professores de origem chinesa estejam em Portugal a apoiar-nos a divulgação e ensino do mandarim", acrescenta o ministro da Educação, que se fez acompanhar pelo ministro da Administração Interna. Além da educação e da internacionalização das universidades, a China tem outro papel a desempenhar em Portugal, sublinha Miguel Poiares Maduro.
"Para conseguirmos superar os défices estruturais que temos, Portugal tem de ser cada vez mais um país aberto ao mundo e internacionalmente competitivo, através da atração de talento e investimento internacional".
Miguel Poiares Maduro refere que esse investimento pode e deve passar pela valorização dos Vistos Gold.
O Instituto Confúcio vai funcionar no edifício da antiga reitoria da Universidade de Aveiro e pretende promover a língua e a cultura chinesa, apoiando o estudo da língua em Portugal.