Manifestação contra a discriminação junta dezenas de pessoas em Albufeira: "É nossa obrigação fazer esse combate todos os dias"
Uma das manifestantes sublinha, em declarações à TSF, que a luta contra o racismo e discriminação é diária e lamenta alguns episódios de violência no sul do país contra imigrantes
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Cerca 60 pessoas manifestaram-se este sábado em Albufeira a favor da diversidade e contra a discriminação, em resposta a outra manifestação também convocada para a cidade pelo grupo de extrema-direita 1143.
Com cartazes como "O Algarve é de todos" ou "Em Albufeira não há espaço para fascistas", os manifestantes concentraram-se na praça dos Pescadores às 15h00 e percorreram algumas artérias da baixa da cidade, numa ação que decorreu de forma pacífica e sob vigilância da GNR.
Protegidos por um dispositivo que colocou agentes em redor dos manifestantes e nas ruas do percurso, o grupo concluiu o protesto cerca das 16h00 sem quaisquer conflitos entre elementos das duas manifestações, que tiveram horários e pontos de encontro distintos e não se cruzaram.
Uma das manifestantes sublinha, em declarações à TSF, que a luta contra o racismo e discriminação é diária e lamenta alguns episódios de violência no sul do país contra imigrantes.
"É nossa obrigação fazer esse combate todos os dias. Algarve tem vindo a ser palco não só destas manifestações, mas de atos violentos, como o caso do rapaz de Olhão, que foi espancado por cinco outros jovens e depois, em Tavira, uma pessoa imigrante também foi espancada e nós só soubemos disto porque foi gravado e colocado nas redes sociais", destaca.
A jovem nota, contudo, que outros episódios não terão essa denúncia: "O que será que não está a ser gravado e nem sequer sabemos que está a acontecer?"
Outro dos participantes aponta que a manifestação deste sábado é apenas uma extensão daquilo que defendem "no dia a dia".
"É evidente que o tínhamos de fazer neste dia, porque sabendo que isso ia acontecer, não queríamos que ficasse essa voz sozinha a pregar e que as pessoas achassem que só eles é que têm opinião e, ainda por cima, uma que é muito estranha, no mínimo", explica.
