Na quinta-feira, André Ventura disse que o objetivo era "fazer um cerco à sede do PS".
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A manifestação convocada pelo Chega como um cerco à sede nacional do PS, em Lisboa, juntava hoje, perto das 16h00, mais de uma centena de pessoas, mas colocadas a vários metros de distância do edifício.
Cerca de vinte agentes da PSP, das equipas de intervenção rápida, acompanhados de várias viaturas, criaram um perímetro de segurança e cortaram a estrada em frente ao largo do Rato, que ficou vazia.
Apesar de afastados da sede do PS e encostados ao muro em frente, as intervenções na concentração do chega começaram com aplausos às forças de segurança.
Ainda sem a presença do presidente do partido, André ventura, os manifestantes tentaram fazer um cordão humano no espaço que lhes foi reservado, resultando numa espécie de semicírculo, apesar de o speaker continuar a falar num cerco à sede socialista.
A manifestação estava convocada para as 15h30 e decorre, por enquanto, de forma pacífica, apenas com gritos de Chega e algumas bandeiras.
Quando o presidente do Chega, André Ventura, chegou ao local, faltavam poucos minutos para as 16h00, a agitação aumentou, com gritos: "Direita só há uma, a do Chega e mais nenhuma."
Na quinta-feira, o presidente e deputado do Chega afirmou que o objetivo da manifestação seria "fazer um cerco à sede do PS para mostrar a indignação à forma como tem governado o país". Ventura acrescentou ter-se reunido com as forças policiais e a Câmara Municipal de Lisboa, esperando "uma manifestação ordeira e pacífica".
Nas redes sociais, o partido anunciou a iniciativa como um "cerco ao largo do Rato, contra a corrupção e a impunidade do PS", com fotografias dos ex-governantes José Sócrates e Armando Vara ou do antigo banqueiro Ricardo Salgado e frases como "em Portugal a corrupção tem uma marca" ou "não ao abuso de poder".
O secretário-geral adjunto do PS, João Torres, o líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, e o antigo dirigente socialista Francisco Assis já se insurgiram contra este tipo de manifestação, que classificaram como "antidemocrática", "inqualificável" ou "vandalismo institucional", apelando ao repúdio de todos os democratas.