Os manifestantes que se concentram em frente à Assembleia da República derrubaram as barreiras de proteção e lançaram pedras, garrafas e outros objetos contra os agentes da PSP
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Trata-se de um protesto que visa denunciar a austeridade que está a ser imposta aos portugueses e exigir a demissão de "um Governo que está ao mando da 'troika'", como afirmam os vários grupos e movimentos que aderiram ao apelo "Que se lixe a Troika! Este Orçamento não passará".
Entretanto, a PSP já alargou o perímetro de segurança e reforçou o número de agentes junto às escadarias da Assembleia da República.
Dezenas de manifestantes estão cara a cara com a primeira linha de agentes do corpo de intervenção da PSP, colocada no final da escadaria da Assembleia da República.
Depois de derrubadas as grades que separavam a multidão do perímetro de segurança delimitado em torno do Parlamento, muitos manifestantes subiram os primeiros degraus e, a curta distância dos agentes, pediram-lhes que se juntarem ao protesto.
«Vocês deviam era estar aqui connosco, não era a protegerem esse gajos. Chega!», dizia um jovem manifestante a um agente que permanecia impassível por trás da viseira do capacete.
Entre os manifestantes, de vez em quando gritam-se palavras de ordem como "Invasão, invasão" ou "Está na hora de arder o Parlamento", mas, até agora, a única ação mais violenta foi o arremessar de garrafas contra os agentes policiais, que, no entanto, não reagiram.
Até agora não houve qualquer confronto entre manifestantes e forças de segurança.
A Calçada da Estrela está cortada ao trânsito e junto à residência oficial do primeiro-ministro foram colocadas grades, estando no local cerca de uma dezena de elementos do Corpo de Intervenção da PSP, com equipamento anti-motim, além de outros agentes.
Recorde-se que o Parlamento aprovou esta quarta-feira, na generalidade, a proposta do Orçamento do Estado para 2013, com os votos da maioria PSD-CDS/PP.
Notícia atualizada às 20h17