Horas depois da carga policial e dos confrontos com os manifestantes em frente ao Parlamento, restam pedras, vidros partidos e caixotes do lixo carbonizados nas imediações de São Bento.
Corpo do artigo
Depois dos elementos do corpo de intervenção da PSP terem avançado com bastões em punho sobre os manifestantes, que atiravam pedras da calçada contra as forças policiais desde as 17h00 em frente à Assembleia da República, há registo de vários incidentes.
Para além das várias detenções e dos vários feridos, entre polícias e manifestantes, uma agência da Caixa Geral de Depósitos (CGD), no Largo do Conde-Barão, foi vandalizada e vários caixotes do lixo e vidrões foram incendiados.
No local, a TSF verificou que o corpo de intervenção da PSP começou depois a percorrer as ruas em redor do Parlamento à procura dos manifestantes que provocaram estes incidentes.
A escadaria em frente à Assembleia da República ficou pejada de pedras, arrancadas da calçada, que foram arremessadas contra os agentes do Corpo de Intervenção da PSP durante a manifestação.
Muitos vidros de garrafas atiradas contra os polícias ficaram também espalhados pelos degraus, pintados de roxo e cor-de-rosa pelos balões cheios com tinta que também foram arremessados.
Na avenida Dom Carlos I, para onde se espalharam os confrontos entre polícias e manifestantes depois da carga, os Sapadores Bombeiros removiam os restos carbonizados dos muitos caixotes de lixo e vidrões postos no meio da rua e incendiados pelos manifestantes.
No fim da avenida D. Carlos I, algumas pedras atingiram também um restaurante de "fast-food", que teve de encerrar.
Ali perto, alguns semáforos e sinais de trânsito foram arrancados do chão e deitados por terra e reclamos luminosos com os vidros estilhaçados.
O cenário de destroços queimados e montras partidas repete-se por algumas transversais e pela avenida 24 de Julho, por onde os manifestantes foram lançando fogo a caixotes à medida que as sucessivas cargas da PSP os iam dispersando.
Junto ao Cais do Sodré, alguns manifestantes recuperavam o fôlego e trocavam relatos sobre os acontecimentos da tarde, numa esplanada.
Regressada a calma à capital, há trabalho de sobra nas imediações de São Bento para pelo menos duas classes profissionais: os cantoneiros de limpeza e os calceteiros.
Notícia atualizada às 22h42