O ex-candidato presidencial Manuel Alegre considerou hoje um «ultraje» a reunião promovida pelo Banco Central Europeu (BCE) em Portugal no dia das eleições europeias e afirmou que a 'troika' continua em Portugal com a cara do primeiro-ministro.
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Com o relógio a marcar o fim da troika no país, Manuel Alegre não esquece que, daqui a alguns dias, há instituições europeias que vão voltar a Portugal.
No primeiro discurso que foi aplaudido de pé na Convenção "Novo Rumo", Manuel Alegre referiu-se à reunião que se realizará em Sintra, no dia 25, promovida pelo BCE com a participação da Comissão Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Para o histórico socialista, a ingerência na democracia portuguesa é clara mas a derrota não é apenas portuguesa. A Europa saiu derrotada, diz Manuel Alegre, uma derrota que sai cara a países como a Itália, a Grécia ou Portugal.
Por isso, para o antigo candidato à Presidência da República, na falta de quem defenda o país, o PS deve avançar com não uma mas duas iniciativas de rutura, «uma com esta Europa subvertida e pervertida, outra com a subserviência com que o Governo de direita aplicou receitas da troika indo além delas».