Manuel Alegre assina obra que lembra a fadista que, diz o poeta, "foi todos os portugueses".
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"As sílabas de Amália" chega esta terça-feira às livrarias. Na semana em que se comemora o centenário do nascimento da fadista, Manuel Alegre assina a obra que vê em Amália "um ser único e irrepetível". Para o autor, Amália foi mais do que ela própria, "ela foi todos os portugueses".
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"A Amália que eu conheci, a Amália de quem eu sempre gostei, desde muito novo. Foi um ser único e irrepetível. Foi, como digo neste livro, mais do que ela própria, todos nós", considera Manuel Alegre.
Manuel Alegre destaca a capacidade da Fadista dar voz aos poetas, a todos, sem exceção, e, em especial, a Camões.
"Alguns dos versos de Camões parece que foram feitos de propósito para ela cantar. Quando a conheci disse-lhe isso mesmo. Ela sorriu e disse que também achava que tinham sido escritos para ela", revela o autor.
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Também a poesia de Manuel Alegre foi musicada por Amália. "Um dia, estava eu já no exílio em Argel, recebi uma carta de Alain Oulman a pedir licença para a Amália puder gravar "a trova do vento que passa" (...) fiquei honrado e emocionado", lembra o poeta. Algum tempo depois conheceu Amália, na companhia de Alain Oulman, um "encontro inesquecível", em casa de Amália.
Em "As Sílabas de Amália", Manuel Alegre dedica um poema inédito a Amália Rodrigues.
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