A sessão desta manhã foi muito centrada no arguido Manuel Godinho e na gestão que este empresário de sucata de Ovar fazia das suas empresas.
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O inspector da Polícia Judiciária, Rui Carvalho, disse que Manuel Godinho geria o seu universo empresarial de forma autocrática.
Apenas a secretária Maribel Rodrigues, também arguida no processo, teria, do ponto de vista do investigador, alguma autonomia de decisão.
O advogado de Manuel Godinho, Artur Marques, arrasa o depoimento do investigador Rui Carvalho, considerando que este não adianta rigorosamente nada aos factos já constantes do processo.
Na opinião de Artur Marques, a consideração tecida pelo investigador Rui Carvalho - que é, aliás, o responsável pela investigação policial que conduziu ao processo Face Oculta, e que envolveu seis investigadores da PJ de Aveiro - relativamente à forma como Manuel Godinho geria as suas empresas não interessa nada.
Ainda assim, se for apresentado algum documento que não corresponda à verdade, o causídico exercerá o contraditório.
Artur Marques não quis adiantar se Manuel Godinho vai, ou não, prestar declarações em tribunal; admitiu que já tomou uma decisão quanto a essa possibilidade, avançada, há dias, pelo próprio empresário de sucatas de Ovar, mas recusou torná-la para já do conhecimento público.