"Freitas do Amaral é inquestionavelmente uma das figuras que mais se bateu para que tivéssemos a democracia que hoje temos", assegura o antigo presidente do CDS Manuel Monteiro.
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O antigo presidente do CDS Manuel Monteiro recorda Freitas do Amaral como um "fundador da democracia ocidental", um dos principais responsáveis pela "adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia (CEE)" e um homem que teve "coragem para votar contra a Constituição da República Portuguesa de 1976".
Em entrevista à TSF, Manuel Monteiro começa por contar que tinha 12 anos quando aconteceu o 25 de Abril de 1974 e lembra tempos em que "se oscilou entre a possibilidade de termos uma democracia como aquela que temos do tipo ocidental e um regime muito próximo de Cuba".
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"Freitas do Amaral é inquestionavelmente uma das figuras que mais se bateu para que tivéssemos a democracia que hoje temos", assegura.
No mesmo plano, Manuel Monteiro sublinha o papel de Freitas do Amaral na a adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia: "Mário Soares teve um papel indiscutível nessa questão, mas a verdade é que Freitas do Amaral que era presidente da União Europeia das Democracias Cristãs muito trabalhou para que Portugal pudesse ser aceite na então Comunidade Económica Europeia."
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A nível interno, Manuel Monteiro recorda que Freitas do Amaral teve "coragem para votar contra a Constituição da República Portuguesa de 1976" que "afastava Portugal da Europa, que afastava Portugal das democracias ocidentais".
"Freitas do Amaral teve coragem física até, porque as pessoas esquecem-se que aqueles tempos eram tempos muito difíceis em que quem andava com autocolantes do CDS ou da juventude centrista no caderno ou na lapela - e nessa época as pessoas davam a cara pelos partidos a que pertenciam e aos quais aderiam - era um risco para a saúde", remata.