Ouvido pela TSF, o secretário de Estado do Mar explica que as Selvagens não estão na mira dos espanhóis e que não há nenhum "esticar de corda" entre Portugal e Espanha, apesar da sobreposição que existe nas propostas dos dois países para o alargamento da plataforma continental.
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O secretário de Estado do Mar desdramatiza o conflito entre Portugal e Espanha por causa do alargamento da zona económica exclusiva.
De acordo com o jornal El País, Espanha apresentou este mês junto das Nações Unidas uma proposta para aumentar os limites da sua plataforma continental no Atlântico a oeste das ilhas Canárias, abrangendo as ilhas Selvagens, cuja soberania é reclamada por Portugal.
Questionada pela Lusa sobre esta matéria, fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros português esclareceu que as extensões das plataformas marítimas dependem unicamente das Nações Unidas e que apenas a «delimitação de fronteiras marítimas entre os Estados» é «um processo negocial autónomo e bilateral».
Hoje, entrevistado pela TSF, o secretário de Estado do Mar, que em 2013 coordenou a proposta de alargamento apresentada por Portugal na ONU, diz que as ilhas Selvagens não estão na mira dos espanhóis
Manuel Pinto de Abreu garante que entre Portugal e Espanha não há um "jogo de puxar a corda" para ver quem tem mais força.
O governante lembra que a sub-comissão da ON vai definir os limites técnicos da extensão da plataforma e se os países não concordarem com esses limites técnicos passam para uma negociação política.