Marcelo acredita que há espaço para "diálogo" com professores e o problema de fundo é financeiro
Presidente da República divide em três pontos as exigências dos professores. Uma delas, diz o chefe de Estado, não é um problema do ministro a,b, c, d ou e. O problema é mesmo financeiro.
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considera que a questão central na luta dos professores está associada às finanças. À margem do 30.º aniversário do Infarmed, o chefe de Estado divide as exigências dos professores em três pontos, explicando que a primeira já foi resolvida.
Em causa está o facto de que, como já garantiu o primeiro-ministro, não houve nem haverá a ideia da transferência para os municípios das competências do Estado quanto à colocação dos professores.
Por outro lado, Marcelo Rebelo de Sousa explica que entre as reivindicações "compreensíveis e justas" dos docentes está o ponto que diz respeito à proximidade da residência do domicílio em relação à escola onde vão lecionar, a burocracia e o estatuto dos professores.
"Penso que aí há espaço para diálogo entre governo e professores", assume o Presidente da República.
Por fim, o ponto mais complicado está associado, assume Marcelo, não só ao Ministério da Educação, mas também à pasta das Finanças. O chefe de Estado falava aos jornalistas sobre o congelamento das carreiras dos professores, que diz ser um problema com anos, "seis anos" e lembrou que os governos anteriores invocaram crises sucessivas para resolver o programa.
"Essa é (a questão) mais complicada, tem anos, são mais de seis anos e tem implicações financeiras, não só no plano educativo. Não sei bem exatamente qual é o espaço de manobra que dispõe o Governo. Os governos invocaram crises sucessivas não dispondo de espaço de manobra", lembra.
"O problema é muito simples, o diálogo vai ser reiniciado amanhã. Naquilo que já está decidido conforme os professores defendiam, a questão está arrumada, nas outras questões em que houve uma abertura de príncipio genérica do primeiro-ministro, mas é
concretizar em termos documentais as soluções no terreno. Haverá amanhã o começo do diálogo. A questão mais difícil é a financeira, é de fundo", disse.