Ouvido pela TSF, Marcelo Rebelo de Sousa acredita que o programa do PSD, a aprovar no congresso desta semana do PSD, vai espelhar também a diversidade do partido.
Corpo do artigo
Marcelo Rebelo de Sousa entende que o novo programa do PSD deverá ser um texto menos utópico, algo que até é normal, uma vez que o partido que já presidiu está em agora em funções governativas.
Em declarações à TSF, o comentador e professor universitário lembrou que o «problema de se fazer revisões de programa no Governo e em plena crise é muito ingrata, porque o que é bom num programa de partido é a conciliação entre o realismo e a utopia».
«Nesta situação de crise, não há muito espaço para a utopia e portanto é mais rapidamente um programa realista do que idealista», explicou Marcelo, que acredita que a diversidade do partido vai ser espelhada no texto que será aprovado no congresso desta semana do PSD.
Para o ex-presidente do PSD, este programa «permite a tal feição frentista» com «um toque social da social-democracia, mas também o toque liberal do social liberalismo e alguns valores que são comuns ao social cristianismo».
«Há um pouco aquilo que é a originalidade do posicionamento doutrinário do partido e depois há muito o olhar para o concreto e algumas metas novas, como por exemplo, na reforma do sistema político», concluiu.