Marcelo admite que MAI está "a descobrir problemas", fogo com "progressão frenética" em Chaves e um ferido grave no Sabugal
Há cinco incêndios particularmente preocupantes
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O presidente da Câmara de Chaves relata que as chamas lavram "com muita intensidade" no concelho, estando "muitas dezenas" de habitações em risco. Em declarações à TSF, Nuno Vaz adianta que já arderam entre três a quatro mil hectares.
O autarca conta que o incêndio, que teve origem em Espanha, tem tido uma "progressão muito frenética", sobretudo devido ao "vento forte" que se faz sentir na região.
O incêndio que deflagrou hoje em Carrazeda de Ansiães, no distrito de Bragança, tinha pelas 21h30 duas frentes ativas, segundo o comandante dos bombeiros locais.
Em declarações à agência Lusa, o comandante Abílio Félix disse que as chamas consomem para já apenas mato e que não há habitações em perigo, embora a aldeia Seixo de Ansiães se encontre na linha de fogo.
"Ainda está longe. Esperamos que não chegue lá", vincou.
O incêndio começou por volta das 13h30, ainda arde com alguma intensidade e o combate está a ser dificultado pelo vento, acrescentou.
Às 21h30 estavam a combater as chamas 130 operacionais, apoiados por 38 viaturas.
Durante a tarde, um meio aéreo também esteve no teatro de operações.
Em comparação com um incêndio que tem três anos, num espaço de sete/oito horas, ele [o incêndio] consumiu uma área que há três anos demorou cerca de cinco ou seis dias a ser consumida.
O incêndio diz, ainda lavra, por volta das 23h00, com "muita intensidade", já que, ao "contrário do que era expectável", a velocidade do vento "não diminuiu".
A esperança agora é que este possa abrandar nas próximas horas, a par de um aumento esperado da humidade. "Isso ajuda a que a cadência e a intensidade do incêndio também caia e permita fazer algumas intervenções, particularmente fazendo a limitação do incêndio com máquinas de rasto".
O fogo continua com "muitas frentes ativas", sendo que o presidente da Câmara Municipal de Chaves estima que as chamas já tenham consumido "entre três a quatro mil hectares".
Nuno Vaz adianta que "muitas dezenas de habitações" estiveram mesmo em risco devido às chamas, que estiveram próximas de várias aldeias. Inclusivamente, em Agrela, um lar de idosos ficou ameaçado pelas chamas, tendo sido ponderada a evacuação do espaço, que acabou por não ser necessária.
"Tem sido um incêndio que nos tem inspirado muitíssimas preocupações. Se o combate durante o período da tarde tem sido feito de forma mais musculada, com meios aéreos com mais capacidade, os operacionais no terreno tinham tido outra capacidade", assinala.
O presidente da câmara considera que os meios no terreno têm sido "manifestamente insuficientes", porque aqueles que foram alocados revelaram-se ineficazes no combate.
"A minha expectativa é que durante o dia de amanhã haja um reforço de meios com maior capacidade para que possamos conter este incêndio que ameaça muitas habitações", reforça.
O secretário-geral do PCP mostrou-se esta terça-feira incrédulo perante o anúncio do voto contra do PS aos pedido dos comunistas e do Chega para se debater no Parlamento a coordenação do combate aos incêndios.
“Estou incrédulo. Não conhecia isso, estou incrédulo. O PS tem de explicar porquê. Estou incrédulo com isso. Só espero que a senhora [jornalista] esteja enganada, mas, infelizmente, se calhar não está”, respondeu Paulo Raimundo, quando confrontado pelos jornalistas com a decisão dos socialistas, à margem de uma visita a áreas ardidas no concelho de Ponte da Barca, distrito de Viana do Castelo.
O secretário de Estado da Proteção Civil admitiu esta terça-feira que "possa haver alguma descoordenação momentânea" no combate aos incêndios, que têm assolado o país.
Numa entrevista à Sic Notícias, Rui Rocha sublinha que todos os teatros de operações têm um ponto de comando que é "responsável por gerir os recursos". Ainda assim, afirma que a velocidade de propagação do fogo, muitas vezes, acaba por ser "mais rápida do que a capacidade de mobilizar meios".
Porém, quando confrontado se o descontrolo das chamas é justificado apenas pelas condições meteorológicas adversas e se poderá faltar preparação ao Governo, Rui Rocha admite que possa haver "alguma descoordenação momentânea".
Podemos admitir, aqui ou noutro momento, por aquilo que dou nota de complexidade dos teatros de operações, que possa haver alguma descoordenação momentânea.
Aponta, contudo, que neste momento a Proteção Civil tem "de estar mesmo focada" e garante que esse é o seu "maior empenho", a fim de "debelar todas estas circunstâncias".
O Presidente da República pronunciou-se esta terça-feira sobre o silêncio da ministra da Administração de Interna perante as perguntas dos jornalistas. Marcelo Rebelo de Sousa admite que, "quem acaba de chegar há dois meses" a uma função, ainda "esteja a descobrir os problemas e respostas dar".
Em declarações aos jornalistas, afirma ainda que, nos primeiros anos em que iniciou funções, ouviu "coisas muito mais violentas" do que aquelas que têm sido ditas este ano em relação à atuação do Governo.
Reconhece, por sua vez, que "há reflexões a fazer" nesta matéria, mas defende que o facto de Maria Lúcia Amaral rejeitar responder aos jornalistas, depois de convocar uma conferência de imprensa no domingo, também é uma coisa que "se aprende".
Nesta declaração, sem direito a perguntas, a ministra avançou apenas que a situação de alerta devido ao risco agravado de incêndio foi prorrogada até às 24h00 desta terça-feira e anunciou também que Marrocos disponibilizou até quarta-feira os dois aviões Canadair enviados a Portugal no dia 10.
Um incêndio em povoamento florestal que deflagrou hoje à tarde no concelho de Nisa, distrito de Portalegre, foi dado como dominado às 20:00, revelou à agência Lusa fonte da Proteção civil.
A fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Alentejo indicou que o incêndio deflagrou na zona de Arez, tendo o alerta sido dado às 17:52.
As chamas consumiram uma área de mato, pasto e sobreiros, e não houve registo de feridos nem de habitações afetadas, adiantou.
Segundo o comando sub-regional, estiveram envolvidos no combate às chamas 129 operacionais, apoiados por 35 veículos e sete meios aéreos.
Um homem de 29 anos foi detido na segunda-feira por suspeitas de ter ateado um incêndio cinco dias antes em Vale Covo, no concelho de Loulé, no distrito de Faro, informou hoje a PJ.
“O suspeito terá ateado o incêndio com recurso a chama direta, durante a noite, numa zona isolada, utilizando para tal combustível”, refere a polícia num comunicado enviado às redações.
Segundo a PJ, as altas temperaturas que se faziam sentir “potenciaram a rápida propagação do incêndio, pondo em risco floresta e habitações”.
“O incêndio só não assumiu maiores proporções em virtude da pronta intervenção dos bombeiros sediados, nesta altura do ano, na localidade do Barranco do Velho”, acrescenta-se na nota.
De acordo com a PJ, o detido já tinha sido investigado pelo mesmo tipo de crimes, sendo agora presente a um primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação.
A Autoestrada 24 está cortada ao trânsito na zona de Chaves, entre os nós de Vila Verde da Raia e do Casino, devido a um incêndio que atravessou a fronteira, já tocou várias aldeias e chegou à zona empresarial, disse fonte da GNR.
A fonte referiu que a A24 está cortada entre os quilómetros 01 e 07, na zona do concelho de Chaves, no norte do distrito de Vila Real.
O incêndio está a ter uma progressão rápida e aleatória, empurrado pelo vento com rajadas de atingem os 40 quilómetros por hora.
O fogo que lavra na Galiza há várias semanas entrou hoje em Chaves, em direção a Cambedo e lavrou em direção a Agrela, Torre, Couto, Vilela Seca, entrou na zona empresarial e progrediu para Outeiro Seco.
Segundo a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), para esta ocorrência que teve início, em território nacional, às 10:25 de segunda-feira, em Vilar de Perdizes (Montalegre), estavam mobilizados, pelas 19:50, 310 operacionais, 98 veículos e dois meios aéreos.
Os dois aviões suecos de combate a incêndios que estão em Portugal estão a atuar desde a manhã desta terça-feira no Sabugal, anunciou a proteção civil, que tem ativado o protocolo de cooperação transfronteiriço com Espanha.
Em resposta à Lusa numa conferência de imprensa realizada esta terça-feira, o segundo comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil, José Ribeiro, explicou que os "dois aviões médios Fire Boss que vieram da Suécia no âmbito do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, começaram a atuar na manhã de hoje no teatro de operações de sabugal, onde, de acordo com a informação até às 18h30, ainda se mantêm em operação".
A proteção civil registou hoje 59 novos focos de incêndio e existem cinco fogos mais preocupantes, nas zonas de Arganil, Sabugal, Mirandela, Montalegre e Carrazeda de Ansiães, que mobilizam mais de 2.700 operacionais.
“Neste momento temos cinco ocorrências que apresentam uma maior preocupação, algumas delas que já vêm de dias anteriores”, com destaque para o caso de Piódão (Arganil) que “também já passou para o distrito de Castelo Branco”, disse segundo comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil, José Ribeiro.
Além de Piódão, as autoridades estão preocupadas com os fogos que tiveram origem na aldeia de Santo António (Sabugal), Valverde da Gestosa (Mirandela, que tem uma frente ativa em Vila Flor), Vilar de Perdizes (Montalegre), que é a continuação de um fogo iniciado na Galiza e Selores (Carrazeda de Ansiães).
No total estas cinco ocorrências “movimentam 2.709 operacionais, apoiados por 902 veículos e 35 meios aéreos”, explicou José Ribeiro.
O segundo comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil indicou ainda, em conferência de imprensa, que até às 17:00 de hoje foram registadas “um total de 59 novas ocorrências, que envolveram um total de 1.288 operacionais, apoiados por 342 meios terrestres e tivemos até ao momento um total de 139 missões aéreas”.
"Em paralelo, mantemos em resolução um total de 48 ocorrências, sendo que estas ocorrências, apesar de estarem em resolução, exigem a presença de 1.309 operacionais, apoiados por 403 veículos e ainda com o apoio de dez meios aéreos”, acrescentou o dirigente.
José Ribeiro deixou uma “palavra de profunda solidariedade a todos os concidadãos que estão a ser fortemente afetados por estes incêndios extremos que têm afetado Portugal nas últimas semanas” e “uma palavra de motivação a todos os operacionais que ao longo destes dias combatem” as chamas.
Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro, num contexto de temperaturas elevadas que motivou a declaração da situação de alerta desde 02 de agosto.
Os fogos provocaram dois mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, na maioria sem gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.
Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual chegaram dois aviões Fire Boss para reforço do combate aos fogos.
Segundo dados oficiais provisórios, até 19 de agosto arderam mais de 201 mil hectares no país, mais do que a área ardida em todo o ano de 2024.
A veterinária do Centro de Recolha de Animais da Câmara Municipal da Covilhã adianta que os animais afetados pelos incêndios no concelho estão a ser transportados para um espaço disponibilizado pela Liga dos Amigos do Alcaide.
Em declarações à TSF, Catarina Palmeiro conta na aldeia de Alcaide, no concelho do Fundão, as coisas estão "mais ao menos tranquilas". É para aqui que estão a ser transportados os animais que têm sido recolhidos pela autarquia, mas também pelo IRA e GNR.
"Estamos todos a trabalhar em conjunto e [a Liga dos Amigos do Alcaide] disponibilizou este espaço para acolher temporariamente os animais que estão nas zonas mais afetadas", explica.
A este local têm chegado maioritariamente "animais de companhia", nomeadamente cães. O IRA está, contudo, a caminho do local, com "um cão, galinhas, pássaros, burros e um cavalo".
Catarina Palmeira afirma que as chamas no concelho "estão novamente completamente descontroladas em várias frentes". A intensidade do vento tem contribuído para agravar a situação.
"Está um vento terrível", conta, afirmando que este pesadelo "parece não ter fim à vista".
A veterinária adianta igualmente que "imensas pessoas" têm ligado para a instituição a disponibilizar espaços, transportadores e mantimentos, para auxiliar estes animais.
"O povo quando se une é uma coisa excecional", aponta.
O incêndio que deflagrou esta tarde na Lomba, Gondomar, com duas frentes ativas, já se encontra dominado desde as 19h15, mas ainda não está em fase de resolução, disse à Lusa fonte do Centro Municipal de Operações de Socorro.
As chamas obrigaram ao corte de um troço da Estrada Nacional 222 junto à zona da Avenida do Miradouro.
Segundo fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil da Área Metropolitana do Porto, o alerta foi dado às 16h36 para um “incêndio de grande intensidade” numa zona de mato.
De acordo com o site da Proteção Civil, pelas 19h20, encontravam-se no combate às chamas 154 operacionais apoiados por 49 meios terrestres.
Um incêndio em povoamento florestal que deflagrou esta terça-feira à tarde no concelho de Nisa, distrito de Portalegre, está a ser combatido por cerca de 100 operacionais apoiados por sete meios aéreos, disse fonte da Proteção Civil.
A fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Alentejo indicou à agência Lusa que o fogo deflagrou na zona de Arez, tendo o alerta sido dado às 17h52.
As chamas estão a consumir uma área de mato, pasto e sobreiros, adiantou.
Às 19h00, segundo a fonte do comando sub-regional, estavam envolvidos no combate às chamas 103 operacionais, apoiados por 25 veículos e sete meios aéreos.
A mesma fonte acrescentou que à mesma hora não havia registo de feridos nem de casas em risco.
O bombeiro da Covilhã que sofreu ferimentos graves, no acidente de viação que vitimou mortalmente outro operacional, “está estabilizado” e outro ferido grave de um incêndio da Guarda encontra-se com “prognóstico reservado”, disse esta terça-feira à Lusa fonte da ULS de Coimbra.
Conforme disse à Lusa fonte oficial da Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra, o bombeiro dos voluntários da Covilhã, transportado em estado grave e de helicóptero para os Hospitais da Universidade de Coimbra foi operado ainda no domingo e “está estabilizado”.
Segundo o Comando Sub-Regional das Beiras e Serra da Estrela de Emergência e Proteção Civil, o acidente aconteceu no domingo na aldeia de São Francisco de Assis, no concelho da Covilhã, no distrito de Castelo Branco, tendo vitimado mortalmente Daniel Bernardo Agrelo, de 44 anos, que foi sepultado esta terça-feira na localidade de Peso.
Os voluntários deslocavam-se para combater um incêndio na localidade de Quinta do Campo, Fundão, referiu o Ministério da Administração Interna.
Este incêndio, que começou na quarta-feira em Arganil, no distrito de Coimbra, já atingiu três concelhos do distrito de Castelo Branco (Castelo Branco, Fundão e Covilhã) e o município da Covilhã informou esta terça-feira à tarde que as chamas estão fora de controlo, devido “à intensidade do vento”.
Nos Hospitais da Universidade de Coimbra encontra-se também um ferido grave num incêndio que deflagrou na sexta-feira na aldeia de Pêra do Moço, no concelho da Guarda, que se mantém com “prognóstico reservado”, disse esta terça-feira à Lusa fonte da unidade de saúde.
Diogo Cecílio, enfermeiro no Hospital Sousa Martins, na Guarda, sofreu queimaduras graves quando auxiliava os populares no combate às chamas em Vila Franca do Deão, onde morreu Carlos Dâmaso, de 43 anos, ex-autarca da junta de freguesia local, enquanto combatia o fogo que deflagrou na aldeia vizinha de Pêra do Moço e avançava em direção a Vila Franca do Deão.
O corpo carbonizado do empresário agrícola foi encontrado ao final da manhã de sexta-feira, numa das suas propriedades, junto à sua terra natal.
Numa nota publicada no ‘site’ da Ordem dos Enfermeiros, o bastonário Luís Filipe Barreira manifestou solidariedade para com Diogo Cecílio.
“Sabemos que o colega está estável e internado na Unidade de Queimados da ULS de Coimbra, onde está a ser devidamente acompanhado. A nossa primeira palavra é para ele e para a sua família: estamos convosco”, lê-se na nota de solidariedade.
O incêndio foi registado às 10h44 de sexta-feira e alastrou aos concelhos de Trancoso e Pinhel.
O presidente da Câmara de Chaves disse que o incêndio que entrou esta terça-feira no concelho, vindo de Espanha, tem uma progressão rápida e aleatória por causa do vento forte, tendo tocado em várias aldeias.
Nuno Vaz disse à agência Lusa que o fogo que lavra na Galiza há vários dias entrou no concelho de Chaves em direção à aldeia transfronteiriça de Cambedo, progredindo rapidamente em direção a várias aldeias como Agrela, Torre, Couto, Vilela Seca e Bustelo.
O fogo aproxima-se ainda do parque empresarial, em Outeiro Seco.
“Significa que é um incêndio que está ainda em progressão, continua com muita intensidade, o vento é muito intenso e neste momento o esforço da estrutura da Proteção Civil é sobretudo proteger bens e habitações”, afirmou Nuno Vaz.
O autarca apontou para uma “situação com alguma dificuldade” no Couto, onde o incêndio esteve “muito próximo de um lar”.
“A nossa sensação é que o incêndio se está a comportar exatamente da mesma forma que em 2022, fazendo o processo inverso, porque na altura entrou por Butelo”, referiu.
O concelho do norte do distrito de Vila Real foi atingido por um grande incêndio em julho de 2022, que percorreu as mesmas localidades que estão, agora, a ser afetadas.
Segundo a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), para esta ocorrência que teve início, em território nacional, às 10:25 de segunda-feira, em Vilar de Perdizes (Montalegre), estavam mobilizados, pelas 19:00, 293 operacionais, 93 veículos e quatro meios aéreos.
O Governo assegurou esta terça-feira que está "desde o primeiro dia" a avaliar os prejuízos dos incêndios rurais no Centro e no Norte do país, tendo já realizado levantamentos para garantir o apoio rápido às populações afetadas.
Num comunicado conjunto, o Ministério da Economia e Coesão Territorial e o Ministério da Agricultura e Mar referem que os levantamentos estão a ser realizados pelas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro e do Norte, pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) e por serviços regionais da Agricultura e Mar, em articulação com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e a Proteção Civil.
Segundo o Executivo, a recolha de informação destina-se a identificar prejuízos em explorações agrícolas, habitações, indústrias e comércios, para assegurar uma resposta célere com apoios financeiros.
"Desta forma, são identificadas as necessidades de reparação das explorações atingidas, a reposição do potencial produtivo, as primeiras habitações afetadas, assim como as indústrias e comércios. O Governo, tal como fez nos incêndios de setembro de 2024, ajudará rapidamente as populações, agricultores, produtores, empresários e os que sofreram perdas e prejuízos, em primeira habitação, culturas, animais, e equipamentos agrícolas, industriais e comerciais", explica a nota.
A tutela indica ainda que a DGAV ativou uma linha de apoio permanente (213 329 621), disponível 24 horas, para reportar necessidades relacionadas com rações, acolhimento e encaminhamento de animais.
"Desde o primeiro dia o Governo tem estado ativamente ao lado das populações", afirmou o ministro da Economia e Coesão Territorial, Castro Almeida, citado na nota.
No mesmo sentido, o ministro da Agricultura e Mar, José Manuel Fernandes, garantiu que "os agricultores e as comunidades afetadas nunca estarão sozinhos".
Um incêndio que deflagrou esta tarde na Lomba, Gondomar, tem duas frentes ativas e obrigou ao corte de um troço da Estrada Nacional 222 junto à zona da Avenida do Miradouro, disse à Lusa fonte do Centro Municipal de Operações de Socorro.
Segundo fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil da Área Metropolitana do Porto, o alerta foi dado às 16:36 para um “incêndio de grande intensidade” numa zona de mato.
De acordo com o ‘site’ da Proteção Civil, pelas 19:00, encontravam-se no combate às chamas 157 operacionais apoiados por 47 meios terrestres e um meio aéreo.
A Câmara de Castelo Branco lançou esta terça-feira um alerta para seis aldeias face à evolução do fogo que entrou no município na noite de segunda-feira, na freguesia de São Vicente da Beira.
"O alerta emitido ontem [segunda-feira] para as localidades de Ingarnal, Almaceda, Paradanta, Vale de Figueira, Partida, Ribeira de Eiras, Rochas de Cima, Pereiros e São Vicente da Beira foi alargado hoje às aldeias de Mourelo e Violeiro, Louriçal do Campo, Casal da Serra, Sobral do Campo e Ninho do Açor", informou a autarquia, numa nota publicada na sua página da rede social Facebook.
Segundo o município, estão interditas à circulação a EN352, nos dois sentidos, entre o cruzamento de Vale Palaio e São Vicente da Beira, e também a EN238, nos dois sentidos, entre Lavacolhos e Castelejo.
"Nas freguesias de São Vicente da Beira e de Almaceda, onde deflagra o incêndio, são várias as estradas, caminhos e ruas que se encontram fechadas".
O município alertou também para que se evite deslocações para zonas afetadas, a menos que se esteja envolvido no combate, e recomenda seguir sempre as instruções das autoridades no terreno.
Na noite de segunda-feira, a Câmara de Castelo Branco ativou o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil.
O incêndio entrou em Castelo Branco a partir do concelho do Fundão, tendo origem em Arganil, no distrito de Coimbra, onde deflagrou na quarta-feira, pelas 05h00.
Este incêndio já se estendeu também aos concelhos de Pampilhosa da Serra e Oliveira do Hospital (distrito de Coimbra), Seia (Guarda) e Covilhã (Castelo Branco).
Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro, num contexto de temperaturas elevadas que motivou a declaração da situação de alerta desde 2 de agosto.
Os fogos provocaram dois mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, na maioria sem gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.
Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual chegaram dois aviões Fire Boss para reforço do combate aos fogos.
Segundo dados oficiais provisórios, até 19 de agosto arderam mais de 201 mil hectares no país, mais do que a área ardida em todo o ano de 2024.
O incêndio no concelho de Seia continua a lavrar “com grande intensidade”, numa altura em que o vento “está muito forte”, afirmou o presidente do município, que tem neste momento dez aldeias confinadas devido às chamas.
“O incêndio [naquele concelho do distrito da Guarda] continua a lavrar com grande intensidade porque o vento está muito forte e, até ao final da tarde, vai continuar muito forte”, disse à agência Lusa o presidente da Câmara de Seia, Luciano Ribeiro.
Segundo o autarca, o incêndio dirige-se para o parque eólico da Serra da Alvoaça, numa zona de pinhal extenso, que preocupa as autoridades.
Caso o vento não vire de direção, o incêndio poderá “bater na zona queimada do lado da Covilhã”, notou.
Luciano Ribeiro mostrou também preocupação com as localidades situadas no vale do Alvoco, nomeadamente Vasco Esteves de Baixo e Fontão.
De momento, o município tem dez aldeias confinadas: Cabeça, Barriosa, Frádigas, Muro, Teixeira de Cima, Teixeira de Baixo, Vasco Esteves de Cima, Vasco Esteves de Baixo, Outeiro de Vinha e Alvoco da Serra.
“A maioria das aldeias foi abrangida pelos programas de Condomínio de Aldeia e Aldeia Segura e o procedimento tem sido o confinamento”, explicou o presidente da Câmara de Seia.
Para Luciano Ribeiro, a estratégia passa por aguentar “estas horas de vento mais intenso” e planear o combate durante a noite, estando a reparar e recuperar as máquinas de rasto para tentar atacar nesse período.
No entanto, esse tipo de estratégia “é cada vez mais difícil porque os operacionais estão cada vez mais cansados e debilitados”, notou.
Segundo o presidente da Câmara de Seia, notam-se dificuldades entre a identificação de necessidades no combate e a resposta efetiva.
“Entre a necessidade, o processo de comunicação, a análise, a tomada de decisão e a intervenção perdem-se as oportunidades todas em que os meios eram úteis”, constatou, referindo que não tem sido possível nem consolidar a cauda do incêndio nem suster a sua frente.
O incêndio que lavra em Seia teve origem no Piódão, Arganil, na quarta-feira.
Além destes dois concelhos, o fogo estendeu-se à Pampilhosa da Serra e Oliveira do Hospital (distrito de Coimbra) e Castelo Branco, Fundão e Covilhã (Castelo Branco).
Um funcionário de uma empresa de proteção florestal ficou ferido esta terça-feira com gravidade no incêndio que lavra no Sabugal, afirmou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Um operacional da Afocelca (empresa de proteção florestal detida pelos grupos do setor da celulose Altri e Navigator) ficou esta terça-feira à tarde gravemente ferido, em operações de combate ao incêndio que lavra no concelho do Sabugal, afirmou a ANEPC, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.
Os restantes quatro elementos da equipa da Afocelca sofreram ferimentos leves.
“O ferido grave foi estabilizado no local pelas equipas de emergência e posteriormente transportado, pelo helicóptero do INEM, para o Hospital de São João, no Porto”, disse a ANEPC.
Fonte do Comando Sub-Regional das Beiras e Serra da Estrela disse à agência Lusa que o ferido grave é um homem de 45 anos.
De acordo com a mesma fonte, o alerta foi dado às 16h46, na zona de Vale da Senhora da Póvoa, localidade do município de Penamacor, na fronteira com o concelho vizinho do Sabugal.
Esta terça-feira, o incêndio que lavrava no Sabugal, distrito da Guarda, passou para Penamacor, já no distrito de Castelo Branco, precisamente na zona de Vale da Senhora da Póvoa.
Segundo fonte da Afocelca contactada pela Lusa, o funcionário seguia numa equipa de cinco elementos da empresa.
Os restantes elementos que integravam a equipa irão receber acompanhamento psicológico, acrescentou a mesma fonte.
O incêndio que lavra no Fundão, distrito de Castelo Branco, continua com várias frentes ativas e as mais preocupantes seguem para as localidades de Soalheira, Castelo Novo e Boxinos.
Numa nota publicada na sua página da rede social Facebook, às 18h10, a Câmara Municipal do Fundão informou que há várias frentes ativas no concelho.
“As frentes mais preocupantes encaminham-se para as localidades da Soalheira e Castelo Novo (Antenas e Castelo Velho) e, noutra vertente, para Boxinos”.
O município apelou a todas as pessoas destes locais que se mantenham em zonas seguras, adotem comportamentos de autoproteção e que sigam as indicações das autoridades no terreno.
No concelho do Fundão estão ainda cortadas ao trânsito a EN352, EN238 e EM517.
Este incêndio que deflagrou na quarta-feira, em Arganil, já se estendeu também aos concelhos de Pampilhosa da Serra e Oliveira do Hospital (distrito de Coimbra), Seia (Guarda) e Covilhã e Castelo Branco (Castelo Branco).
Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro, num contexto de temperaturas elevadas que motivou a declaração da situação de alerta desde 2 de agosto.
Os fogos provocaram dois mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, na maioria sem gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.
Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual chegaram dois aviões Fire Boss para reforço do combate aos fogos.
Segundo dados oficiais provisórios, até 19 de agosto arderam mais de 201 mil hectares no país, mais do que a área ardida em todo o ano de 2024.
O Presidente da República destacou esta terça-feira o ato de solidariedade de Carlos Dâmaso, ex-autarca de Vila Franca do Deão que morreu na sexta-feira a combater um incêndio, considerando que é característico do povo português.
Num discurso na fábrica da Autoeuropa, em Palmela, após uma cerimónia de assinatura de um acordo entre o Governo e a Volkswagen, Marcelo Rebelo de Sousa salientou, perante representantes do grupo alemão, que Portugal é um país composto por um povo “particularmente solidário” e que a morte de Carlos Dâmaso é um “episódio tradutor” dessa solidariedade.
Uma frente ativa em Vale Frechoso, concelho de Vila Flor, descontrolou-se, adiantou esta terça-feira à Lusa o presidente da câmara, e aproxima-se da aldeia, o que já levou ao confinamento dos moradores.
O presidente da Câmara Municipal, Pedro Lima, referiu que a situação está a ficar complicada, com o descontrolo da única frente que estava ativa.
Para já não há habitações ameaçadas, mas teme-se que isso aconteça, devido ao vento. Ainda assim, os moradores já estão confinados na igreja, por precaução.
O caminho municipal 603, que liga à aldeia, está cortado.
Esta manhã, o comandante sub-regional de Trás-os-Montes da Proteção Civil, Noel Afonso, avançou, à Lusa, que havia apenas uma frente ativa em Vale Frechoso, Vila Flor, e que o incêndio estava resolvido em Mirandela e Alfândega da Fé. Com o vento forte, o cenário é agora outro e a situação complica-se.
Em Alfândega da Fé, houve um reacendimento na aldeia de Valverde.
Em declarações à Agência Lusa, Manuel Vieira, vice-presidente da União das Freguesias de Eucísia, Gouveia e Valverde, explicou que o fogo “lavra com intensidade” e, apesar de não haver habitações, para já, em perigo, as chamas dirigem-se nesse sentido.
“O fogo começou em Valverde, mas se for em direção à serra aí fica perigoso”, afirmou.
Nesta localidade estão vários operacionais a tentar combater o incêndio, mas, devido à extensa coluna de fumo, os meios aéreos estão com dificuldades em atuar.
O IC5 entre Junqueira e Alfândega da Fé também já foi cortado ao trânsito.
O incêndio florestal que lavra na Covilhã, distrito de Castelo Branco, está fora de controlo, um agravamento que se "deve à intensidade do vento", alertou a Câmara.
Numa comunicação na rede social Facebook, publicada pelas 17h00, o município da Covilhã lançou um "alerta de precaução" para as localidades de Coutada, Peso, Vales do Rio, Taliscas, Ourondinho, Unhais da Serra, Dominguizo e Tortosendo.
"Face à situação de fogo que se regista no concelho, informa-se que as condições no terreno se agravaram esta tarde devido à intensidade do vento e o incêndio encontra-se novamente fora de controlo".
Os distritos de Castelo Branco, Bragança e Guarda têm esta terça-feira estradas nacionais cortadas e um itinerário principal interdito devido aos incêndios, informou a Guarda Nacional Republicana (GNR).
Em comunicado divulgado esta terça-feira às 15h35, a GNR referiu que, no distrito de Castelo Branco, estão interditadas à circulação a EN 238 (nos dois sentidos), corte entre Lavacolhos e Castelejo, e a EN 352 (nos dois sentidos), corte entre o cruzamento de Vale Palaio e São Vicente da Beira.
No distrito da Guarda, são três as vias que estão interditadas: a EN 230 (nos dois sentidos), corte entre Barriosa e Covilhã, a EN 231 (nos dois sentidos), corte entre Pedras Lavradas e Cruz Fontão, e a EN233 (nos dois sentidos), corte nas proximidades de Três Povos, Quintas do Anascer, Terreiro das Bruxas e Vale da Senhora da Póvoa.
Já no distrito de Bragança está interditado à circulação o IP 2 (nos dois sentidos) entre o nó de Lodões e o nó de Trindade.
O secretário-geral socialista disse esta terça-feira que o partido vai votar contra os pedidos do Chega e PCP para debater no parlamento a coordenação do combate aos incêndios, com a presença do primeiro-ministro e da ministra da Administração Interna.
“O PS é contra a chicana política, numa altura em que se está a combater os incêndios que põem em causa a vida das pessoas e o seu património”, justificou José Luís Carneiro.
Agrava-se o incêndio em Castelo Branco. O fogo que começou no Piódão, em Arganil, entrou nas últimas horas, no concelho de Castelo branco, a quase 100 quilómetros de
distância do local de origem do incêndio.
Por volta das 15h00 desta terça-feira, já há mais calor e o vento está mais forte. O fumo continua a impedir os aviões e helicópteros de trabalhar. Por isso, o presidente da câmara, Leopoldo Rodrigues, quer ver reforçados os meios no terreno.
A Câmara de Castelo Branco ativou o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil.
Temos várias frentes ativas. (...) Há aldeias em que as chamas estão próximas. Felizmente temos conseguido travar as chamas, mas de qualquer modo só conseguimos terminar o combate com o reforço de meios.
O autarca de Castelo Branco afirma que o facto de muitas aldeias do concelho fazerem parte do programa Aldeia Segura está a ajudar a enfrentas os incêndios: "Já tínhamos feitos simulacros, o que melhorou muito a resposta. Na localidade dos Pereiros, as pessoas ficaram confinadas na igreja e em espaços públicos previamente identificados."
O primeiro-ministro não vai comparecer no funeral de Carlos Dâmaso, o ex-autarca de Vila Franca do Deão que morreu a combater as chamas.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e a ministra da Administração Interna vão marcar presença.
Uma mulher de 61 anos foi detida pela suspeita de ter ateado na segunda-feira um incêndio em área florestal, em Vila Real, anunciou esta terça-feira a Polícia Judiciária (PJ).
O incêndio ocorreu na segunda-feira de manhã e segundo disse a PJ, em comunicado, "consumiu área de mancha florestal, constituída, maioritariamente, por mato, pinheiro bravo e carvalho, colocando em perigo, além da referida mancha florestal, alguns prédios urbanos nas proximidades, de valor consideravelmente elevado".
A Judiciária acrescentou que estes bens "apenas não foram consumidos devido à rápida deteção e subsequente intervenção dos meios de combate, nomeadamente dos bombeiros".
A detida vai ser presente a interrogatório judicial para aplicação de eventuais medidas de coação.
Em Montalegre, o cenário é, a esta hora, bastante mais tranquilo e a presidente da câmara começa a fazer contas à vida. Entrevistada pela TSF, Fátima Fernandes afirma que o pior já passou.
Agora que as chamas estão apagadas, a presidente da Câmara de Montalegre teme pelo impacto, nomeadamente, na produção agrícola e no turismo. "As pessoas não vêm ver um torrão."
Uma beata atirada para o chão originou, na segunda-feira, o incêndio no concelho de Leiria que levou ao corte da Estrada Nacional (EN) 113, anunciou esta terça-feira a Guarda Nacional Republicana (GNR).
Na sua página no Facebook, o Comando Territorial de Leiria da GNR informou que na Gordaria, na União de Freguesias de Santa Catarina da Serra e Chainça, “uma pirisca de cigarro atirada para o chão originou um incêndio que destruiu 5,6 hectares de floresta e matos, obrigou ao corte da EN 113 e mobilizou vários meios da GNR”.
O fogo dá sinais de alguma acalmia na zona da Pampilhosa da Serra. As pessoas que na segunda-feira tiveram de deixar algumas aldeias, já estão hoje de regresso. E, nesta altura, não há pessoas nem casas em risco.
Jorge Custódio, o presidente da Câmara da Pampilhosa da Serra, fez há instantes para a TSF um ponto de situação: ocorrências "continuam preocupantes, o fogo continua ativo, mas felizmente de um modo mais reduzido", sendo que a noite foi essencial para um combate "mais efetivo".
Apesar de o fogo parecer hoje menos agressivo, Jorge Custódio não arrisca dizer como poderá ser o dia, até porque o clima é incerto. "Tenho receio de antever cenários", justifica.
Os pescadores da Figueira da Foz vão doar uma percentagem da venda das suas safras para ajudar a comprar um meio aéreo para o combate aos fogos, revelou esta terça-feira o armador de pesca de cerco António Lé.
Estamos sempre disponíveis para ajudar, dispensando ajuda, e, neste contexto generalizado, nós abdicamos de parte daquilo que é a receita das nossas casas, abdicamos de parte do nosso pão, para tentar confortar aqueles que tanto estão a sofrer nesta altura. Se o país carece de meios aéreos, há muito tempo que já se devia ter pensado nisso e isto não é uma crítica: é um apelo
Em declarações à agência Lusa, o antigo presidente da cooperativa de produtores Centro Litoral explicou que o objetivo passa por comprar pelo menos um meio aéreo novo e não em segunda mão, porque "a vida humana e os prejuízos causados a todos os populares não tem preço".
O autarca Leopoldo Rodrigues justifica na TSF esta decisão, apontando "momentos bastante complicados" no combate às chamas e dizendo que o fogo se tem estendido a várias localidades.
Na localidade de Paradanta, o autarca fala em "casas desabitadas que foram afetadas pelas chamas".
Devido à nuvem de fumo criada por este incêndio, na segunda-feira não foi possível a utilização de meios aéreos. Para o dia de hoje, Leopoldo Rodrigues acredita que já possam usar os Canadairs que têm disponíveis.
As autoridades do Fundão estão preocupadas com o avanço das chamas para as encostas da Serra da Gardunha. Nesta altura, o fogo neste concelho tem "mais de 50 quilómetros": "A situação continua muito grave." É o que diz à TSF o vice-presidente da autarquia. Miguel Gavinhos antecipa mais um dia de trabalho intenso para os bombeiros, com as condições climatéricas a não serem favoráveis.
E para ajudar no combate às chamas, Miguel Gavinhos espera que esta terça-feira possam entrar em ação os meios aéreos.
O incêndio está "praticamente controlado" em Mirandela. A garantia é dada pelo autarca Vítor Correia na TSF, explicando que durante a noite o fogo "acalmou" bastante, mas continuam os trabalhos para "evitar reacendimentos".
Espera que não se repita a situação vivida na segunda-feira, em que por volta da hora de almoço houve um período de maior controlo, mas à tarde houve um novo agravamento da situação.
O Grupo Parlamentar do PCP requereu esta terça-feira uma reunião extraordinária da Comissão Permanente da Assembleia da República com a presença do primeiro-ministro para debater os incêndios que têm estado a afetar o país.
Em comunicado, o PCP pede que a reunião ocorra no mais curto prazo possível, nos termos regimentais, para debater as causas, impactos e medidas de apoio às populações e territórios afetados pelos incêndios das últimas semanas.
"Dada a gravidade da situação e a transversalidade das questões, da prevenção ao combate aos incêndios, da política florestal e de ordenamento do território, do apoio às populações à recuperação da atividade económica e à reposição do potencial produtivo, o PCP solicita a presença do primeiro-ministro", é referido na nota.
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Não há casas afetadas pelas chamas. Contudo, há "muito, muito, muito prejuízo" devido às culturas agrícolas queimadas:
É um cenário desolador. Podemos falar numa situação de calamidade. Sendo este um concelho essencialmente agrícola, esta parte do concelho ficou completamnete dizimada
O Brasil expressou esta terça-feira solidariedade aos governos de Portugal e Espanha, “bem como aos profissionais envolvidos no combate aos incêndios”, e afirmou estar a monitorizar a situação para prestar uma eventual apoios aos cidadãos brasileiros.
“O Governo brasileiro acompanha, com preocupação, os incêndios florestais que vêm atingindo diversas regiões da Espanha e de Portugal e faz votos para que possam ser rapidamente contidos”, indicou o Ministério das Relações Exteriores em comunicado.
O Governo brasileiro enviou ainda condolências às famílias das vítimas, e manifestou “solidariedade ao povo e ao governo de Espanha e Portugal, bem como aos profissionais envolvidos no combate aos incêndios”.
Nesse sentido, o Brasil disse ainda que está a monitorizar a situação através dos seus consulados nos dois países “a fim de prestar a assistência consular cabível aos nacionais eventualmente afetados pelos impactos dos incêndios”.
As autoridades brasileiras sublinharam ainda que “a crise climática torna mais frequentes eventos naturais extremos, o que reforça a necessidade de ações urgentes e concertadas da comunidade internacional”.
Por essa razão, recordou que em novembro vai acolher na cidade amazónica de Belém a Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP30), esperando que esta “possa aportar resultados ambiciosos para o combate global à mudança do clima”.
Segundo o site da Proteção Civil, o incêndio que, pelas 07h50, mobiliza mais operacionais é o de Arganil. Aqui estão empenhados mais de 1400 operacionais e 487 veículos.
Bom dia! Acompanhe todos os desenvolvimentos dos incêndios no país através deste liveblog.
Pode consultar aqui o que aconteceu na segunda-feira.
Mais de 80 de concelhos do interior norte e centro e Algarve continuam esta terça-feira em perigo máximo de incêndio rural, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Estão em perigo máximo de incêndio mais de 80 concelhos dos distritos de Vila Real, Bragança, Guarda, Coimbra, Santarém, Castelo Branco, Portalegre e Faro.
O IPMA colocou também vários concelhos do interior norte e centro e Algarve em perigo muito elevado.
Para os próximos dias está previsto um desagravamento do risco, segundo o IPMA.
