"Não sacrificar portugueses." Marcelo acredita em acordo na saúde "nos próximas dias"
"Há uma clara noção da parte de todos de não sacrificar os portugueses", diz o Presidente da República.
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considera que, apesar da crise nas urgências, há uma noção em todas as partes de "não sacrificar os portugueses" e acredita que tudo se vai solucionar no diálogo.
"Há uma clara noção da parte de todos de não sacrificar os portugueses. A minha expectativa é que, ao longo dos próximos dias - esta semana e na próxima semana - fosse possível encontrar nesse diálogo pontos positivos. Logo à noite, depois do jantar que vou ter com os Presidentes, mal eles partam, naturalmente voltarei a fazer telefonemas", disse Marcelo Rebelo de Sousa à margem da reunião do Grupo de Arraiolos, que decorreu no Porto.
Ainda assim, o Presidente da República admite que a situação da saúde em Portugal não é fácil: "Eu penso que é uma situação complexa, mas quando me dizem que continua a existir diálogo, eu acredito. Vamos ver até ao momento em que me digam, olhe, já não é possível diálogo (...) É uma situação que é particularmente crítica até ao fim do ano."
Marcelo Rebelo de Sousa também abordou os números já conhecidos relativamente ao Orçamento do Estado para 2024, nomeadamente o 1,5% de crescimento da economia previsto para o próximo ano.
"Parece-me que o cálculo que é feito para o próximo ano é com cuidadoso e para não correr riscos", comentou, admitindo que não conhece todos os números em concreto e afirmando que o crescimento de Portugal fica facilitado, caso países como a Alemanha também consigam começar a crescer até ao final do ano.
Sobre a conferência em que participou, Marcelo Rebelo de Sousa destacou a "posição unânime em relação à Ucrânia", referindo que "houve acordo quanto dizer sim à adesão à União Europeia e à NATO". No entanto, "não houve acordo quanto ao haver ou não alteração de tratados", visto que "há várias fórmulas durante o processo de negociação de pensar o que a UE tem de fazer para se preparar".
"Quanto a essa preparação há duas posições. Uma que admite em teoria a revisão dos tratados e outra que diz não à revisão dos tratados. Por várias razões e não é só um país, nem é só a Hungria e a Polónia", afirma.
Além disso, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que houve divergência entre os vários países da conferência sobre a questão das migrações, pedindo ajuda aos países discordantes do acolhimento de refugiados no "trabalho de prevenção" que Portugal faz em África: "Há que ser pragmático."