
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, intervém durante a sessão de abertura do 37º Festival de Teatro de Almada, no Teatro Joaquim Benite, em Almada, 03 de julho de 2020. Em 2020, o Festival tem um calendário alargado e o dobro das sessões devido à necessidade de redução de lotação das salas para metade (em virtude do novo coronavírus), para que mais público possa ver os 17 espetáculos - 14 produções portuguesas e três estrangeiras (Espanha e Itália), divididos por 24 dias e sete palcos. ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA
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Instado pelos jornalistas a pronunciar-se sobre o fim dos debates quinzenais, o Presidente da República diz que, se for candidato às próximas eleições, vai debater com todos os candidatos.
O Presidente da República afirmou este domingo respeitar a decisão do parlamento de pôr fim aos debates quinzenais com o primeiro-ministro, frisando que a Assembleia da República é livre de definir a sua forma de funcionar.
"O Presidente da República não se pronuncia sobre a forma de funcionamento do parlamento. O parlamento é livre de definir. Ainda por cima, não vai ao Presidente, é um regimento interno que define como é que funciona e isso eu respeito", disse o chefe de Estado, instado pelos jornalistas a pronunciar-se sobre o fim dos debates quinzenais.
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Dizendo que apenas pode falar por si, antes de um jantar de trabalho com autarcas em Querença, Loulé, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que quando foi candidato presidencial discutiu "com todos os candidatos presidenciais" e que fará o mesmo caso venha a recandidatar-se.
"Se vier a ser candidato presidencial, uma coisa que não pensarei nisso antes de novembro, obviamente discutirei com todos os candidatos presidenciais", frisou.
Perante a insistência dos jornalistas sobre o facto de o primeiro-ministro passar, agora, a ir apenas ao parlamento a cada dois meses, Marcelo Rebelo de Sousa reiterou não poder acrescentar mais nada, pois tudo o resto seria imiscuir-se na "vida interna" da Assembleia da República.
"Não cabe ao Presidente estar a fazer essas apreciações, nem sobre o parlamento, nem sobre os líderes partidários. Os líderes partidários certamente quando decidem certas coisas, tem a exata noção das reações que suscitam nos portugueses, mas isso só eles que são os juízes da bondade ou menos bondade dos seus atos", concluiu.
Durante a tarde, o Presidente da República visitou o lar de idosos da Santa Casa da Misericórdia de Boliqueime, em Loulé, no distrito de Faro, onde em abril se registou um foco de covid-19 que causou cinco mortos entre os utentes.