Depois de ter passado as últimas semanas a garantir que não ia por os pés no Coliseu de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa, que estava no Funchal num congresso das Misericórdias, voou para Lisboa, entrou no Congresso sem avisar pessoalmente Passos Coelho, e fez o discurso que marcou o dia de reunião dos sociais democratas.
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Marcelo Rebelo de Sousa admitiu, este sábado, ter tido receio em ser mal interpretado ao marcar presença no congresso do PSD que está a decorrer no Coliseu dos Recreios, em Lisboa.
«As pessoas diziam-me não vás, isso vai ser mal interpretado. Diziam-me se tu queres fica mal, se não queres estás lixado, porque deste um sinal equívoco», explicou.
O antigo líder social-democrata confessou que foi a emoção que o levou a sair da Madeira, a emoção dos 40 anos do PSD.
«Comecei a ficar comovido. Fruto da idade, comovido. 40 anos, 40 anos. Vou, não vou e, de repente, vi-me de barba, tipo Marx e de bigode», brincou.
Marcelo considerou ainda ser inevitável que haja um consenso entre PSD e PS não só sobre os níveis da despesa, mas que envolva também os vários níveis do Estado.
«Logo a seguir às eleições, vai ser preciso tratar desse dossier sério para ter a certeza de que quando começar a campanha eleitoral de 2015 há condições para não se ter de inventar consensos no final de 2015 e começo de 2016», acrescentou.