Marcelo diz que diferenças na política externa entre Portugal e Brasil são "problema de conjuntura"
O Presidente da República considera ser mais "importante" resolver "problemas concretos", como as equivalências de ensino e as condições económicas e financeiras.
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou esta quarta-feira que Portugal e o Brasil são "Estados irmãos" e que os problemas de política externa são "problemas de conjuntura".
É mais "importante" resolver "problemas concretos", como as equivalências de ensino, as condições económicas e financeiras, que depois "haver menor ou maior acordo em alguns temas pontuais na política externa, isso é uma problema de conjunta", disse o chefe de Estado aos jornalistas, esta quarta-feira, à margem das comemorações dos 50 anos do III Congresso da Oposição Democrática, que começaram de manhã na Universidade de Aveiro.
Na terça-feira, o primeiro-ministro, António Costa, também desdramatizou as posições do Presidente brasileiro sobre a guerra na Ucrânia, contrapondo que as relações entre Portugal e Brasil sempre estiveram acima de diferenças na política externa e que entre irmãos também há divergências.
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Questionado sobre o Chega, que será recebido esta quarta-feira em Belém, Marcelo Rebelo de Sousa recusou qualquer interferência na decisão do PSD de não aceitar acordos de Governo ou ter apoio de "políticas ou políticos racistas ou xenófobos, oportunistas ou populistas", afirmando que os partidos definem o seu rumo.
"Um presidente nunca interfere em estratégias partidárias. A última coisa que deve fazer é estar a influenciar a eleição de líderes partidários, a estratégia dos líderes partidários, a orientação dos líderes partidários. Não é esse o seu papel", disse o Presidente da República.
O chefe de Estado esclareceu ainda que "são os partidos que definem o seu próprio rumo e o Presidente deve colocar-se num plano diferente desse".