Chefe de Estado e Chefe do Governo acompanharam o evoluir da situação e elogiaram a forma como o combate superou as expectativas.
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, elogiou este domingo a resposta ao incêndio que afetou Sintra e Cascais, considerando "tranquilizador" que, mesmo com as condições desfavoráveis, o combate tenha superado todas as expectativas.
À chegada para as festas de Almoçageme, concelho de Sintra, Marcelo Rebelo de Sousa falou aos jornalistas, acompanhado pelo presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues
"É tranquilizador ver, para um fogo com aquela velocidade, com as condições muito desfavoráveis, como a resposta superou todas as expectativas. E isso deve ser sublinhado e elogiado hoje", enalteceu.
O Presidente da República recordou que durante a madrugada acompanhou a situação, "de forma a não prejudicar os operacionais", tendo estado na Câmara Municipal de Sintra e depois num aldeamento na Malveira, Guincho.
"Pude verificar a forma como autarcas, populações, incluindo até muitos estrangeiros, e sobretudo os operacionais, foram excecionais, em tudo. Na capacidade de resposta, os operacionais e as autarquias, e as populações e turistas, no civismo com que aceitaram e efetuaram a evacuação de casas ou, por exemplo, do parque de campismo, em tempo verdadeiramente recorde", destacou.
Também o primeiro-ministro esteve a acompanhar, durante a madrugada, o incêndio que deflagrou no sábado à noite na zona da Peninha, serra de Sintra, e que evoluiu para Cascais, considerando-o "uma ameaça efetiva à segurança".
"Obviamente que estive a acompanhar [a evolução do incêndio], até cerca das 04:30 da manhã, o que se estava a passar, e em contacto com o senhor presidente da Câmara Municipal de Cascais", afirmou António Costa.
Em declarações aos jornalistas, no concelho da Golegã, distrito de Santarém, António Costa fez questão de deixar a Carlos Carreiras "um abraço de solidariedade e apreço pela forma, aliás, muito serena como soube exercer as suas funções de responsável municipal da Proteção Civil e pela forma como se articulou muito bem com o Comando Distrital das Operações de Socorro".
O primeiro-ministro quis ainda dar "um grande abraço a todas as mulheres e homens que durante toda a noite tiveram um combate muito difícil, e naturalmente às populações, que se sentiram particularmente ameaçadas, perante um fogo que, durante duas horas, e com um vento de grande intensidade, foi uma ameaça efetiva, não só à segurança das suas habitações como à segurança das pessoas", salientou.
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O chefe de Governo destacou também que "felizmente foi possível travar este combate com sucesso sem que haja danos pessoais significativos, sem que tenha havido qualquer habitação atingida".
O primeiro-ministro foi também questionado se teria ficado incomodado pelo facto de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, se ter deslocado aos Paços do Concelho de Sintra no sábado à noite, mas Costa foi taxativo: "não houve incómodo nenhum".
O governante destacou que Marcelo Rebelo de Sousa esteve "sempre em contacto" consigo e com o ministro da Administração Interna, e que "houve uma atuação muito articulada, entre o Presidente da República, Governo, Câmara Municipal de Cascais, e Câmara Municipal de Sintra".