Escritora e jornalista foi, juntamente com alunos da Escola Básica de Pias, a figura principal de mais um encontro "Escritores no Palácio de Belém". Chefe de Estado esteve ausente, mas foi elogiado.
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Ao contrário do que era esperado, desta vez, o presidente da República - que esta terça-feira visita a Região Autónoma da Madeira - não marcou presença em mais uma edição do programa "Escritores no Palácio de Belém", mas, apesar da ausência, o encontro entre jovens e alunos e a escritora Alice Vieira decorreu sem quaisquer problemas.
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Com dezenas de perguntas para a escritora que há mais de 30 anos trabalha, em boa parte, a pensar nos universos infantil e juvenil, os alunos da Escola Básica de Pias, no concelho de Serpa, no Alentejo, colocaram questões "muito interessantes", diz a escritora e jornalista.
"Qual a sua inspiração?", "que conselhos tem para jovens escritores?" ou "o que lhe apetece fazer neste momento?", foram algumas das perguntas, às quais Alice Vieira respondeu com alguns conselhos e um elevado grau de boa disposição.
"Se nós queremos muito fazer uma coisa, não há conselhos nenhuns de outras pessoas que nos podem desviar desse caminho", afirmou a autora em resposta a um dos cerca de 50 alunos.
Após a conversa, que durou cerca de uma hora, Alice Vieira respondeu ainda a algumas perguntas por parte dos jornalistas, em particular, sobre o amigo de longa data e presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
"O mandato dele não me surpreende nada, porque esta atividade toda dele foi sempre assim. Não é uma coisa que ele faça agora. O contacto dele com as pessoas foi sempre assim, portanto, eu acho que ele é rigorosamente aquilo que sempre foi", sublinhou.
Já sobre um livro sobre o chefe de Estado, Alice Vieira não se compromete, mas garante que há matéria suficiente para que Marcelo Rebelo de Sousa apareça como personagem principal de uma obra.
"Podia dar origem a uma série deles [de livros], uma série", concluiu.