Marcelo espera que diálogo entre Câmara Municipal de Almeida e CGD "dê frutos"
O Presidente da República, que hoje recebeu o presidente da Câmara Municipal de Almeida espera que este tenha um diálogo com a Caixa Geral de Depósitos (CGD) que "dê frutos e decorra com serenidade".
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Segundo uma nota da Presidência da República enviada à agência Lusa, Marcelo Rebelo de Sousa "recebeu o presidente da Câmara de Almeida, que lhe explicou o ponto de vista do município e a disponibilidade para o diálogo com a CGD, diálogo que o Presidente da República espera que dê frutos e decorra com serenidade democrática".
Marcelo Rebelo de Sousa reuniu-se com o autarca António Baptista Ribeiro hoje em Matosinhos, para falar sobre o encerramento do balcão da CGD na cidade de Almeida, no distrito da Guarda, mas nenhum dos dois prestou declarações aos jornalistas no final.
Mais tarde, já ao telefone, António Batista Ribeiro afirmou que Marcelo Rebelo de Sousa se mostrou sensível para a questão de Almeida. O autarca espera agora que o Presidente da República interceda junto do primeiro-ministro e da administração da CGD.
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Marcelo Rebelo de Sousa pediu "serenidade democrática". O presidente da Câmara responde admitindo que tem participado nas manifestações, mas não é ele que as organiza. António Batista Ribeiro diz que é preciso que as manifestações decorram de forma ordeira e demarca-se das convocatórias dos protestos.
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Esta reunião aconteceu uma semana depois de o chefe do Estado ter recebido os presidentes do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Rui Vilar e Paulo Macedo, respetivamente, no Palácio de Belém, para debater o fecho daquele balcão.
Nesse encontro, segundo uma nota divulgada pela Presidência da República na altura, Marcelo Rebelo de Sousa foi informado pelos responsáveis da CGD "do acordo ajustado, no passado mês de abril, entre aquela instituição e o Presidente da Câmara Municipal de Almeida".
O Presidente da República "tomou conhecimento destas informações" e adiantou que dali a uma semana seria a vez de receber o presidente da Câmara Municipal de Almeida, António Baptista Ribeiro.
O fecho da agência de Almeida faz parte do plano da CGD para encerrar 61 agências por todo o país e consta da reestruturação do banco público acordada com a Comissão Europeia, na sequência da recapitalização de cerca de 5.000 milhões de euros.
Com o fecho do balcão de Almeida, já efetuado, os habitantes têm de se deslocar a Vilar Formoso, que dista cerca de 15 quilómetros da sede de concelho, o que tem motivado protestos.