A Comissão Técnica Independente de análise aos fogos do ano passado apontou a ida do Presidente da República ao terreno como um dos pontos negativos nos incêndios de 2017.
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Marcelo Rebelo de Sousa revelou que não se vai deslocar a Monchique, onde mais de mil homens combatem o fogo que já lavra há mais de 48 horas, para não "perturbar" o trabalho dos operacionais. Em causa, disse o Presidente da República em entrevista telefónica à RTP, está uma crítica da Comissão Técnica Independente que analisou os fogos do ano passado.
"Eu tenho presente uma realidade que é: a comissão independente um dos aspetos que considerou negativo foi a minha ida ao terreno, porque teria perturbado as operações de resposta e eu estou muito atento a que isso não possa ser considerado prejudicial às operações."
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O Presidente da República sublinhou, contudo, que está "permanentemente" informado sobre o ponto de situação daquele que é o incêndio que mais meios mobiliza a nível nacional.
"Eu tenho acompanhado mesmo daqui permanentemente o que se passa e a preocupação de resposta imediata - veja que são 900 efetivos que estão mobilizados em Monchique - é uma coisa brutal em termos de capacidade de resposta sem por em risco a capacidade de resposta nacional noutros pontos."
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O chefe de Estado diz que, comparativamente com o ano passado, a situação atual é "circunscrita e limitada" este ano: "Eu diria que tem havido uma preocupação e uma capacidade de resposta muito forte, concentração de meios muito forte e, sobretudo, uma prevenção da parte das populações e das instituições que, até agora, tem dado resultado e isso faz resultados em relação a junho e a outubro do ano passado."