João Ferreira ouviu auxiliares, professores e alunos falarem da falta de atualização das carreiras, da falta de profissionais nas escolas e de obras que pararam em 2010.
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A escola pública é um pilar de desenvolvimento em qualquer país, mas tem sido desvalorizada em Portugal. É a lição que João Ferreira, candidato à presidência da República, transmitiu, ao final da manhã, numa ação de campanha em Lisboa, na Escola Artística António Arroio. E também aqui, o candidato chama a atenção do atual presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, acusando-o de ter distribuído mal os afetos e deixando de fora os professores. "Acho que houve afetos mal distribuídos e os professores foram, seguramente, aqueles que não viram os afetos que lhes eram devidos", diz.
Neste estabelecimento de ensino, João Ferreira ouviu auxiliares, professores e alunos falarem da falta de atualização das carreiras, da falta de profissionais nas escolas e de obras que pararam em 2010, deixando a escola sem serviços básicos como uma cantina.
Cristina Melo, assistente operacional há 25 anos ganha tanto como quem faz o mesmo há um mês. Maria Goreti é a chefe dos assistentes operacionais, mas na folha salarial pouco se nota. Apenas dois exemplos que podemos ouvir na reportagem áudio que anexamos a este texto. "Ganho tanto como uma colega que acaba de entrar há um mês. Nas questões salariais não somos nada importantes", refere a primeira.
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O candidato a Belém, João Ferreira, ouviu as queixas e foi comentando que a escola pública é "um pilar de desenvolvimento de qualquer país", servindo para combater as desigualdades sociais, formar cidadãos e "alavancar o desenvolvimento do país".
Sobre os professores, João Ferreira aponta que foi a classe profissional "em que mais se sentiu uma desvalorização do papel, da função social do professor, do reconhecimento que a sociedade tem da importância que o professor desempenha".
Uma desvalorização que levou a um afastamento de interesses por esta carreira profissional.
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Nesta lição da valorização da escola pública e dos professores, João Ferreira chama a atenção para aquele que devia ter estado mais atento: Marcelo Rebelo de Sousa. O eurodeputado afirma que houve "afetos mal distribuídos" pelo atual Presidente da República, sobretudo pelos professores, considerando que o chefe de Estado "falhou" no reconhecimento destes profissionais.
Professores, assistentes operacionais e até o lamento dos alunos. A escola tem o processo de melhoramentos estagnado e as obras pararam em 2010. Não existem serviços básicos como a cantina.
João Ferreira saiu da Escola Artística António Arroio com uma serigrafia entregue em mãos pelo diretor Rui Madeira.
A Escola Artística António Arroio, em Lisboa, tem 23 auxiliares para 1200 alunos.
No final, João Ferreira lembrou que houve turmas em Lisboa que não tiveram professores quase até ao final do primeiro período.
Em relação aos professores, João Ferreira diz que houve afetos mal distribuídos e que os docentes não tiveram os afetos que lhes eram merecidos.