O Presidente da República recebeu os 200 militares que regressaram de uma missão de quatro meses ao serviço da NATO. A bordo da fragata, deixou uma palavra de agradecimento.
Corpo do artigo
O Presidente da República presidiu esta sexta-feira à receção à fragata Álvares Cabral, que esteve numa missão da NATO no Atlântico Norte, e considerou que a sua chegada acontece numa data "muito especial", 25 de novembro.
Marcelo Rebelo de Sousa esteve nesta cerimónia com o almirante Macieira Fragoso, chefe do Estado-Maior da Armada, que termina o mandato no próximo dia 08, mas nada disse sobre a polémica em torno da sua não recondução, porque não quis falar aos jornalistas nesta ocasião.
O chefe de Estado embarcou na fragata Álvares Cabral, que estava a meio do rio Tejo, pelas 10;35, vindo de Algés numa lancha, e esteve a bordo cerca de duas horas, até o navio atracar na Base Naval de Lisboa, no Alfeite, cerca das 12:30, terminando uma missão de cerca de 120 dias.
Num discurso aos militares que participaram nesta missão, Marcelo Rebelo de Sousa declarou: "É um dia muito especial este em que chegam, no fim de uma missão cumprida, à vossa terra, à nossa terra, às vossas famílias, mesmo quase em véspera de Natal. É um dia muito especial, porque é o dia 25 de novembro".
"Os mais novos não têm a noção exata do significado do 25 de novembro. O 25 de novembro de 1975 foi uma data fundamental para a democracia portuguesa, porque as Forças Armadas, pela sua determinação, criaram nesse dia condições para que pudéssemos viver como vivemos: com uma Constituição, com um Estado de direito democrático, com a legalidade, com a normalidade e a estabilidade política e institucional", acrescentou.
Quanto ao papel dos militares no presente, afirmou: "As Forças Armadas não estão acima da Constituição e da lei, são essenciais para que haja democracia em Portugal, mas merecem o respeito e a consideração de todas as instituições políticas, económicas, sociais portuguesas".
Dirigindo-se para os militares que estavam de regresso a casa, disse: "O vosso contributo é inestimável. E por isso eu saúdo, através do senhor almirante chefe do Estado-Maior da Armada e do vosso comandante, aquilo que tem sido o papel da Marinha portuguesa, concretamente o vosso papel. E por isso vos agradeço".