Presidente da República considera que, reduzindo dívida, Portugal fica mais bem posicionado para a captação de investimento externo.
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou esta quinta-feira, em Bruges, que a redução da dívida Pública é "um triunfo da democracia portuguesa". Questionado sobre os objetivos do governo no Orçamento do Estado do próximo ano, Marcelo considera que Portugal dá cartas na Europa, em matéria de redução da dívida.
"Isso faz a diferença a nível europeu, quando se compara com outros países, mesmo poderosos economicamente, aí as instituições europeias não têm por onde pegar em Portugal", afirmou o Presidente da República, argumentando que desta forma as instituições europeias "não têm por onde dizer que nós estamos numa situação que não é, se não a melhor para todos, para os portugueses, porque isto não é só uma mania europeia".
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O Presidente da República considera que, reduzindo dívida, Portugal fica mais bem posicionado para a captação de investimento externo, e, "no futuro, Portugal tem uma abertura ao mercado externo em termos de endividamento e de baixa de juros e de credibilidade, de investimento público e privado".
"Os privados olham para isso, quando dizem 'vamos investir em Portugal, mas com esta dívida pública muito elevada, isto vai ter custos enormes'. Não, com a dívida pública muito mais baixa, vale a pena investir mais em Portugal", refletiu.
Marcelo Rebelo de Sousa entende que há uma mudança de mentalidade que faz toda a diferença e é "um grande triunfo da democracia portuguesa e um grande triunfo da mentalidade portuguesa é convencermos todos que o problema do equilíbrio financeiro do Estado é crucial e o problema da dívida pública é crucial".
"Não era assim há 30 anos, há 40 anos as pessoas estavam habituadas a déficits e ao aumento da dívida. A dúvida era saber até onde é que vai a dívida pública portuguesa? Para cima. Agora a boa notícia é como ela vai rapidamente para baixo e como é importante vai para baixo", afirmou o presidente da República, a falar à margem da visita de Estado à Bélgica.
*notícia atualizada às 14h40