Marcelo vê "janelinha" para "luz ao fundo do túnel" na educação "depois do Carnaval"
O chefe de Estado acredita que se possa chegar a "uma solução que cubra um número muito elevado de problemas dos professores e que dê um sinal de esperança".
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considera que o primeiro-ministro abriu "uma janelinha" para que um acordo possa chegar entre o Governo e os professores depois do Carnaval e antes da Páscoa.
"[António Costa] Abriu uma janelinha. Têm sido dados passos em muitos dossiers que estão a avançar. Agora fala-se da periodicidade dos concursos de professores deixarem de ser de quatro em quatro anos e passarem a ser anuais", disse Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas em Podence, Macedo de Cavaleiros.
O Presidente da República diz ter uma crença: "Acredito que vai a caminho, não direi de uma solução perfeita, mas de uma solução que cubra um número muito elevado de problemas dos professores e que dê um sinal de esperança."
"A situação dos professores, em muitos casos, é diferente de outros setores (...), porque já tinham muitos fatores negativos acumulados e apanhou um conjunto de professores longe do fim de carreira que foram prejudicados por vários Governos", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
E rematou com uma "luz": "Todos esperam que depois do Carnaval se possa ver uma luz ao fundo do túnel."
"Só se sabe se o melão é bom depois de o abrir"
O Presidente da República afirmou esta sexta-feira que quer esperar pelas medidas concretas do Governo para a habitação e aí perceber se são boas para o país.
"Olhando para o pacote que é muito grande, não é possível ter uma ideia do que está lá dentro. Como o povo diz, só se sabe se o melão depois de o abrir", referiu Marcelo Rebelo de Sousa.
O Presidente da República concorda que a situação no país "tem vindo a piorar" devido à "falta de habitação a preço razoável, de arrendamento a preço razoável e de burocracia nos licenciamentos". E, por isso, o Executivo decidiu agir.
"O Governo, nesta terceira legislatura, decidiu criar um Ministério da Habitação e avançar com medidas. As linhas propostas penso que são do acordo de todos, a questão é saber como é que esses objetivos são atingidos", constatou, referindo-se a vários fatores, como se são aplicadas rapidamente, se melhoram a vida das pessoas, se há máquina de Estado para as pôr de pé, se a banca é sensível a certas mudanças e se os impostos vão mudar a situação dos portugueses.
Por isso, Marcelo insiste que "é preciso olhar para cada lei e ver o que cada uma diz" e refere que as medidas "estão para discussão durante um mês e depois o Governo vai apresentar as medidas definitivas".
Relativamente às críticas, o chefe de Estado considera "natural" que existam, "porque há caminhos muito diferentes" e recusa-se a comentar possíveis inconstitucionalidades "sem saber o que é que as leis dizem em concreto".
Marcelo Rebelo de Sousa abordou ainda a nota de repúdio do PCP em relação à condecoração de Volodymyr Zelensky para dizer que Paulo Raimundo já o tinha informado de que iria acontecer e não denotar qualquer incoerência nos comunistas.
"O PCP não faz nada que não seja coerente com aquilo que foi a sua posição desde o início em relação à Ucrânia", opinou.