À primeira vista, não fosse o calor de agosto, até parece uma edição normal, com bancas e mais bancas ao longo da alameda principal do parque.
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O Presidente da República visita, esta quinta-feira à tarde, a Feira do Livro de Lisboa, em tempo de pandemia. É grande a expectativa para a atípica feira de 2020. No Parque Eduardo VII, em Lisboa, ultimam-se os preparativos para a inauguração.
À primeira vista, não fosse o calor de agosto, até parece uma edição normal, com bancas e mais bancas ao longo da alameda principal do parque. Não só de livros, mas também de comes e bebes. A grande diferença está nos detalhes para combater a Covid, até porque vão existir mais precauções.
"Vou ter desinfetante para as mãos que colocarei aí fora, vou usar máscara, que isso vai ser obrigatório, mesmo para quem circula e vou tentar desinfetar o espaço", explica à TSF Helena Coelho, da Braga Alfarrabista.
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Os cuidados são visíveis a olho nu. No auditório principal, por exemplo, há postos com álcool gel para desinfetar as mãos e menos cadeiras, com as que existem a estarem separadas. Precauções que são transversais.
"Uma grande mudança que se apercebe logo visualmente é o uso de máscara, que todos vamos ter de usar permanentemente, bem como o facto de haver desinfetante para todos, funcionários e clientes, e o processo de desinfetar regularmente bancas, livros, multibancos", descreve Alexandre Esgaio, da Antígona.
A máscara vai ser mesmo uma constante. É obrigatório o uso em todo o recinto que, com 30 graus e com a inclinação do parque, vai ser um desafio. Ainda assim, as expectativas vão crescendo.
"As expectativas são bastantes porque tivemos cinco meses parados e esta feira, normalmente, é o trabalho que fazemos durante o ano e que nos salva. Apesar de ser em agosto/setembro e de as aulas irem começar agora, acho que isto vai correr bem", acredita a representante da Braga Alfarrabista.
Também na Antígona, Alexandre Esgaio sublinha que é esperar para ver.
"Vamos ver, não há nenhuma comparação, nunca houve outro ano com a feira tão tarde, em agosto, nem com Covid. Pela expectativa e pelo pequeno inquérito que fiz com colegas e amigos daqui da feira, 50% está muito reticente e acha que vai ser um fiasco. Os outros 50% acham que vai ser um ano ainda melhor que os outros", acrescenta o representante da editora Antígona.
Os livros não vão faltar. A menos de 24 horas do arranque já estão quase todos prontos para serem folheados por quem vier à festa dos anos 90, atípica, da Feira do Livro lisboeta.