O vice-presidente do PSD, acusa o PS de se comportar como porta-voz do Syriza, em vez de defender o interesse nacional. Marco António Costa afirma ainda que os socialistas estão a alimentar «boatos» sobre as alegadas pressões da ministra das Finanças sobre o Governo grego.
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«O PSD vê com satisfação o princípio de acordo que foi possível obter no âmbito do Eurogrupo com a Grécia, resultado de um recuo do Governo grego face às posições radicais que havia assumido após a sua eleição», disse.
Marco António Costa manifestou ainda o desejo de que as propostas que o Governo grego vai «O Partido Socialista tem assumido uma atitude de porta-voz dos interesses do Syriza em Portugal, em vez de ser porta-voz dos interesses nacionais, no plano europeu e no plano nacional», disse Marco António Costa, acusando, também, os socialistas de se demitirem das responsabilidades que têm enquanto principal partido da oposição.
Para o vice-presidente do PSD, os socialistas têm tentado colar a situação de Portugal à Grécia, o que considerou «perigoso e irresponsável», atendendo a que, a situação na Grécia é muito pior do que a situação portuguesa. «Nós olhamos para o futuro com esperança, os gregos, infelizmente, estão numa situação muito difícil. Estar a colar Portugal à Grécia, como tem feito a esquerda e particularmente o Partido Socialista, é um péssimo serviço aos portugueses e a Portugal, a não ser que o PS deseje que as coisas corram mal e que Portugal seja obrigado a pagar taxas de juro de 10%, como estão a pagar os gregos», frisou.
Questionado pelos jornalistas, o dirigente do PSD comentou também as alegadas pressões da ministra das Finanças sobre o Governo grego, durante a última reunião do Eurogrupo. O deputado socialista João Galamba tinha dito que «o Governo português esteve durante todo este processo de negociações com a Grécia mais preocupado em impor austeridade aos gregos do que a perceber que uma negociação positiva para os gregos seria também positiva para Portugal e para a Europa», mas o dirigente do PSD refuta as acusações socialistas.
«O doutor João Galamba devia estar escondido num canto da sala do Eurogrupo. Para poder dizer que a situação não convence, é porque ele estava lá, num cantinho da sala, a ouvir o que se passou. Quem lá esteve foi a ministra de Estado e das Finanças, que foi clara e categórica na forma como ontem (sábado) desmentiu esses rumores e esses boatos», disse.
«O PS alimenta os boatos porque lhe interessa mais a política da intriga do que a política da resolução dos problemas», disse, Marco António Costa, assegurando que a posição de Portugal está em linha com a dos restantes países do Eurogrupo.