O bastonário da Ordem dos Advogados contou, no Fórum TSF desta quarta-feira, que Carlos Silvino lhe pediu um novo advogado, há cerca de 15 dias, depois de ter dado uma entrevista à Focus onde confessa que mentiu e que todos os arguidos são inocentes.
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António Marinho Pinto contou que remeteu o principal arguido do processo Casa Pia para um sistema próprio e que o encontrou «muito «frustrado».
Na opinião do bastonário, a pena de Carlos Silvino, de 18 anos de prisão, é «tremendamente elevada tendo em conta o comportamento que teve durante o processo», já que «colaborou» com a Justiça, mostrando-se praticamente «mais interessado em condenar outros arguidos do que em defender-se».
Marinho Pinto considerou ainda «muito grave» o facto de Carlos Silvino ter sido levado pela PJ «sem a presença do advogado para várias casas em Lisboa para confirmar se lá esteve ou não».
O bastonário explicou que «nenhum arguido pode prescindir da presença do advogado» perante magistrados ou juízes, nem junto do Ministério Público ou da polícia.
Alertou ainda que devido ao facto de os arguidos prescindirem dos advogados no momento mais importante acabam por vezes por tentar o suicídio.