O bastonário da Ordem dos Advogados defende que apresentar a emigração como alternativa aos licenciados portugueses revela falta de sentido de Estado e patriotismo.
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Ouvido pela TSF, Marinho Pinto reconheceu que o número de advogados em Portugal é claramente excessivo, mas considerou que cabe ao Governo e à Ordem gerir essa situação, sem aconselharem as pessoas a saírem do país.
«A ordem jamais aconselhará os advogados portugueses a emigrarem. O que a Ordem tem que fazer é preparar bons advogados em número adequado para não andarem a concorrer e a 'esfarraparem-se' uns aos outros, por clientes que não existem», defendeu.
O bastonário da OA sublinhou que «não é aconselhável que o país esteja a exportar licenciados emigrantes».
Por seu turno, Carlos Matias Ramos, bastonário da Ordem dos Engenheiros, afirmou que, para muitos licenciados desta área, a emigração não é uma alternativa, mas sim uma «necessidade».
Já o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, considerou que convidar os médicos à emigração é «empobrecer» o país, recordando aquilo que já está a acontecer com estes profissionais.