
Mário Nogueira
Global Imagens/Leonardo Negrão
O secretário-geral da Fenprof alertou, esta sexta-feira, que os cortes previstos para o próximo ano vão deixar o ensino na miséria e apelou aos professores para se manifestarem.
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O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) criticou as restrições previstas no Orçamento do Estado para 2012, que vão levar os professores a perder 25 a 30 por cento do salário.
«Estamos perante um verdadeiro roubo, diria quase um assalto e com a mão desarmada», que no sector da Educação significa «um corte de cerca de 15 por cento no rendimento» em 2012, um valor que sobe para 25 a 30 por cento ao somarem-se os cortes de 2013, disse.
Fernando Nogueira acrescentou que o memorando assinado com a "troika" previa uma redução de 200 milhões de euros, «o que era já uma brutalidade de cortes na Educação», mas o Governo de Passos Coelho resolveu triplicar.
«Perante este roubo, quase que apetece dizer: contra os ladrões marchar marchar», afirmou.
Esta austeridade afecta também as escolas, por isso o sindicalista teme que muitos estabelecimentos de ensino tenham de fechar portas por falta de dinheiro para manter o mínimo de funcionamento.
«Abaixo daquilo com que as escolas hoje estão a funcionar não é possível», advertiu.
Os governantes estão a levar o país para «um buraco escuro onde não há túnel sequer, quanto mais uma luz ao fundo» do mesmo, opinou.
As medidas de austeridade vão deixar o ensino à beira da miséria, entende a Fenprof, que apela aos professores para mancharem na rua em protesto.