No seu comentário semanal na TVI24, Marques Mendes vaticinou uma remodelação profunda do Governo apenas para daqui a um ano por altura das eleições autárquicas.
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O social-democrata Marques Mendes acredita que a coligação governamental não está em risco, apesar das divergências que, entretanto, foram conhecidas.
No seu comentário semanal na TVI24, este ex-presidente do PSD disse não acreditar numa remodelação governamental nos próximos tempos e explicou que este não é tempo para «desarrumar» o Executivo.
«Arrisco a previsão de que vai haver uma remodelação ministerial grande, profunda de pessoas e estruturas dentro do Governo, mas acho que sensivelmente só daqui a um ano por ocasião ou a seguir à eleições autárquicas», explicou.
Marques Mendes sustenta que depois destas eleições haverá «dois anos de Governo», uma «espécie de fim da primeira parte deste ciclo governativo».
Este ex-presidente social-democrata defende que esta remodelação deve implicar «novas caras, novas ideias e novas estruturas» a seguir a umas eleições que «em princípio não correrão lá muito bem ao PSD».
Apesar disto, Marques Mendes admite «alguns retoques» na estrutura governativa no espaço de até três meses no Executivo, mas apenas a nível de secretários de Estado «designadamente de pessoas que sair para concorrer a eleições autárquicas».
«Mas, isso não é remodelação. Remodelação a nível de ministros e de estruturas e uma remodelação profunda vaticinaria para daqui a um ano», insistiu.
Marques Mendes considerou ainda que não basta apenas ter um «governo competente, mas também combate e pedagogia política», o que não existe no seu partido e que desmotiva os apoiantes sociais-democratas.
O antigo presidente do PSD diz que muitos sociais-democratas se questionam sobre onde está o partido e porque «deixa a oposição à solta», algo em que o PSD deveria refletir para deixar de ser um partido «um pouco desaparecido em combate».
«Não há mudanças de fundo sem se conquistar a opinião pública e a opinião pública conquista-se fazendo-se pedagogia, esclarecimento e combate às ideias dos adversários. Combater não é insultar ninguém, mas é combater com as minhas ideias contra as ideias dos outros», concluiu.