O antigo líder social democrata analisou esta noite os desentendimentos da última semana e defende que o comportamento dos partidos da maioria é «ridículo, patético e sinal de criancice».
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«Todas as semanas há um caso novo. Na semana passada era a fiscalidade verde, divergências, um dizia uma coisa, o outro dizia outra. Esta semana são mais três exemplos: natalidade - o PSD apresentou um estudo e o CDS veio dizer, amuado, que já tinha um estudo anterior, parece um concurso de beleza, é ridículo; a comissão do IRS - ontem foi patética a conferência de imprensa (...) parece que em Conselho de Ministros temos ao mesmo tempo Governo e oposição; terceira divergência é a coligação - saber se vão às eleições em listas conjuntas ou separadas», exemplificou Marques Mendes.
O antigo líder do PSD foi categórico na análise à situação da coligação, afirmando que são «criancices» e que «estes senhores estão a brincar com o fogo». Marques Mendes acrescentou ainda outros adjetivos, como «ridículo», «patético» e «grave».
No seu comentário semanal na SIC, o ex-líder do PSD não disse também que «parece que não aprenderam nada com a crise do ano passado». Para Marques Mendes, o CDS está a «brincar com o fogo» porque arrisca «desaparecer» nas próximas legislativas se não for coligado; e o PSD também devia parar com as «provocações» porque sem o CDS será impossível vencer as eleições.
Marques Mendes falou ainda da crise no Grupo Espírito Santo,dizendo que «vai ter um impacto negativo na economia». Portanto, Portugal «vai crescer menos do que se previa» e «é o que dá quando se brinca com coisas sérias».
Uma fatura que, diz Marques Mendes, pode ter consequências políticas pouco agradáveis para a maioria de direita.