Vento muito forte provocou a queda de árvores, estruturas e cabos elétricos.
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O presidente da Câmara de Vila Real contabilizou "danos materiais consideráveis" no concelho devido ao vento forte que derrubou andaimes e árvores, que condicionaram estradas e danificaram carros, e de uma grua para um campo de futebol.
As fortes rajadas de vento sentiram-se entre as 22h00 de domingo e as 06h00 desta segunda-feira e derrubaram árvores de grande porte que causaram estragos em algumas viaturas que estavam na via pública.
O presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, disse à agência Lusa que "esta foi uma noite muito complicada e com bastantes estragos".
"É um cenário, espalhado um pouco por todo o concelho, de danos materiais consideráveis. Estragos que felizmente não envolveram pessoas, não há danos físicos a registar, mas há muitos danos materiais", afirmou o autarca.
Verificam-se ainda a queda de alguns cabos elétricos, e, no centro da cidade de Vila Real, uma grua de grandes dimensões caiu para o relvado do Campo do Calvário, tendo provocado "estragos avultados" na bancada e no relvado sintético.
Rui Santos disse que esta grua é privada e foi montada no sábado.
Há registos de queda de telhas, de taipais e andaimes, nomeadamente na rua cidade de Ourense que está cortada devido à instabilidade da estrutura, e uma placa voou de um prédio do Pioledo e foi retirada do telhado da igreja do Calvário.
Fonte da GNR referiu que a queda de uma árvore condicionou temporariamente o Itinerário Principal 4 (IP4) ao quilómetro 93, junto a Parada de Cunhos, no sentido Vila Real-Amarante.
Houve ainda registo de queda de árvores na Estrada Nacional 15 (EN15), na zona de Parada de Cunhos, e ao quilómetro 61 da EN2 uma árvore caiu sobre um carro e obstruiu a via.
O autarca disse que durante o dia de hoje os trabalhos de limpeza e de desobstrução de vias se vai manter um pouco por todo este território.
A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) contabilizou cerca de 20 ocorrências em Vila Real devido ao vento muito forte.
Durante a noite andaram no terreno bombeiros das duas corporações da cidade, da Cruz Verde e Cruz Branca, com cerca de 30 operacionais, e ainda elementos da Proteção Civil Municipal, da PSP e GNR.
O presidente da câmara elogiou a "forma célere como os serviços de Proteção Civil, no seu todo, reagiram rapidamente a esta situação".
"Foi algo que não estava previsto. Não havia indicação de um fenómeno destes, mas mesmo que estivéssemos prevenidos não havia nada a fazer, como é que se impede que árvores caiam em diferentes sítios do concelho", referiu.
A Proteção Civil Municipal emitiu um alerta durante a noite aconselhando a população a ficar em casa e evitar circular, quer a pé, quer de automóvel.
Também em Vila Nova de Gaia a chuva e o vento forte que se fizeram sentir durante a madrugada provocaram a queda de árvores e de painéis.
Os bombeiros registaram um total de 13 saídas, 11 das quais devido à queda de árvores, entre elas uma que caiu sobre um carro.
Os bombeiros registaram ainda a queda de estruturas como painéis de obras e publicitários.
Em geral, no distrito do Porto, o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) disse que a situação foi "calma" não se tendo registado "nenhuma situação de maior preocupação".
Em Vila Nova de Gaia, os bombeiros foram ainda chamados a combater um incêndio numa garagem.
Em declarações à Lusa, fonte dos Bombeiros Sapadores de Gaia disse que o incêndio ficou confinado à garagem, que funcionava como arrumos, sem provocar outros danos.