Candidato apoiado pela Iniciativa Liberal criticou ainda Marcelo Rebelo de Sousa, que diz ter descredibilizado as orientações da DGS.
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No dia em que lançou um cartaz com a mensagem "O Presidente de todos os portugueses (até dele)", numa provocação a André Ventura, o candidato liberal Tiago Mayan criticou também Marcelo Rebelo de Sousa por fazer campanha num lar.
A campanha do liberal Tiago Mayan Gonçalves revelou este domingo um novo 'outdoor' onde se pode ler a mensagem "O Presidente de todos os portugueses (até dele)", colocado em Alcântara, Lisboa, mesmo ao lado de um cartaz em que André Ventura se intitula "Presidente dos portugueses de bem".
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A provocação surge no mesmo dia em que o candidato apoiado pela Iniciativa Liberal (IL) foi também para as redes sociais criticar o recandidato Marcelo Rebelo de Sousa.
"Em menos de uma semana, Marcelo descredibilizou as orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS), pôs em causa a fiabilidade dos testes e fez campanha num lar de idosos enquanto esperava resultado do teste à covid-19", afirmou Tiago Mayan Gonçalves numa publicação no Twitter.
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Referiu ainda que "é cada vez mais difícil ajudá-lo a terminar o mandato com dignidade".
O candidato a Presidência da República apoiado pela Iniciativa Liberal (IL) criticou Marcelo Rebelo de Sousa que, no sábado, numa ação de campanha foi visitar a Santa Casa da Misericórdia do Barreiro, onde acabou por saber o resultado de um teste negativo à infeção pelo novo coronavírus.
Este teste sucedeu a outros testes também com resultados negativos, todos realizados pelo Instituto Ricardo Jorge, com amostras colhidas pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), que invalidaram um anterior resultado positivo, no início desta semana.
Cotrim juntou-se a Mayan para corrida junto a Belém
Tiago Mayan Gonçalves começou o oitavo dia de campanha a correr, numa iniciativa junto ao Padrão dos Descobrimentos, que considerou ser mais um treino para Belém e para um "Portugal mais liberal". Mayan contou com a companhia do presidente da IL, João Cotrim Figueiredo, que votou antecipadamente antes de se juntar ao candidato presidencial.
Tiago Mayan saudou todos os portugueses que se inscreveram para votar e apelou a que ninguém deixe de ir às urnas. "Praticamente 250 mil portugueses increveram-se para votar hoje, é um bom sinal, e mostra que as pessoas se reveem nestas propostas. Espero que se reflita nas urnas e será um bom sinal para dia 24, apesar do contexto difícil que vivemos", sublinhou.
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Durante a tarde, sem agenda oficial, o candidato voltou a recorrer às redes sociais para criticar as longas filas na votação, deixando reparos à gestão de Cabrita e à "de quem o mantém em funções".
"Num ato eleitoral em que todos os dados eram conhecidos com antecedência, as longas filas de hoje revelam mais uma vez a incompetência do ministro Cabrita. Mas também é verdade que a responsabilidade maior é de quem o mantém em funções depois de tudo o que aconteceu", salientou.
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A sete dias do fim da maratona, a reta da meta ainda não está à vista, mas Tiago Mayan garante que continua com força para correr e alcançar um bom resultado a 24 de janeiro. O candidato liberal recusa definir objetivos, mas quer mostrar que o liberalismo está a crescer em Portugal.
A Iniciativa Liberal apresenta pela primeira vez um candidato a Presidente da República.
As eleições presidenciais, que se realizam em plena epidemia de Covid-19 em Portugal, estão marcadas para 24 de janeiro e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.
A campanha eleitoral termina em 22 de janeiro. Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).
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Notícia atualizada às 18h24