
Universidade Lusófona
Global Imagens/Ângelo Lucas
O administrador da Universidade Lusófona admitiu hoje à agência Lusa que poderá avançar com uma queixa por calúnia, caso a anunciada queixa-crime dos familiares dos estudantes que morreram na Praia do Meco seja «caluniosa ou ofensiva» para a instituição.
«Qualquer cidadão tem o direito a fazer uma queixa, desde que fundamente a ação e cumpra a lei. Mas, caso haja algo de calunioso ou ofensivo dos direitos e bom nome, nós também teremos o direito de ir a tribunal fazer queixa de quem nos caluniar», disse à agência Lusa o administrador da instituição, Manuel Damásio.
O representante da Universidade Lusófona lembrou que ainda não existe nenhuma ação concreta, mas apenas uma declaração de intenções do advogado que representa os familiares dos seis estudantes que morreram na madrugada de 15 de dezembro na Praia do Meco.
O advogado das famílias das vítimas, Vítor Parente Ribeiro, disse que iria avançar com uma queixa-crime contra o sobrevivente, João Gouveia, e contra a universidade, por considerar que «existem elementos que indiciam a prática de um crime».
Em resposta a estas afirmações, Manuel Damásio disse que, primeiro, é preciso ver se a queixa avança: «o advogado diz que vai pôr uma queixa-crime. Vamos esperar para ver. Se puser, iremos responder. Se acharmos que há matéria, faremos uma queixa de quem fizer calunia».
«Se somos atacados temos direito a defender-nos, mas ainda não conhecemos nada de concreto. Estamos a especular», sublinhou, defendendo que a Lusófona tem sido a «principal vítima do circo mediático em torno desta tragédia».