Sindicato denuncia uma tentativa de agressão física no Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central.
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Uma médica grávida foi vítima de uma tentativa de agressão. O caso aconteceu no Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, denuncia o Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS/FNAM).
A tentativa aconteceu quando "a médica desaconselhou a troca de medicamentos pretendida por um utente e, perante essa situação, o utente iniciou uma escalada de violência, proferindo ameaças verbais contra a integridade física da médica e tentando dar-lhe um murro, depois de esta ter dito que iria chamar a equipa de segurança".
Posteriormente, "o utente continuou com ameaças verbais na sala de espera, perturbando o bom funcionamento do serviço", lê-se no comunicado divulgado pela organização sindical.
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Para o SMZS/FNAM, "esta é mais uma situação de gravidade extrema, que comprova a ineficácia do Gabinete de Segurança criado pela ministra da Saúde", responsabilizando "as entidades patronais pela insuficiência das condições de trabalho".
Nos primeiros seis meses de 2019, mais de 600 incidentes de violência contra profissionais de saúde foram registados sendo que a maioria das notificações respeitam a assédio moral ou violência verbal.
Os dados disponibilizados pela Direção-Geral da Saúde mostram um acumulado ao longo dos anos, pelo menos desde 2013, de 4893 notificações de violência contra profissionais de saúde até fim de junho de 2019.
Entre o final de 2018 e julho de 2019 registou-se um acréscimo de 637 incidentes de violência.
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Assim, durante o primeiro semestre de 2019, a Direção-geral da Saúde (DGS) recebeu uma média mensal superior a cem casos de violência contra os profissionais de saúde.
Segundo os dados disponíveis no site da DGS, dos mais de 4800 casos notificados ao longo dos anos, 57% respeitam a assédio moral, 20% a casos de violência verbal e 13% de violência física.