
Têm surgido vários casos de agressões a profissionais de saúde
Paulo Spranger/Global Imagens
A agressão aconteceu no serviço de urgência da unidade hospitalar.
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O Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) informou esta quarta-feira que se registou "um incidente" que resultou em "ferimentos ligeiros" num médico, após uma alegada agressão que terá ocorrido na urgência do hospital de Vila Real.
A administração confirmou, em comunicado, que se registou "um incidente no dia 4 (terça-feira) envolvendo um médico no serviço de urgência da unidade hospitalar de Vila Real".
Em consequência do incidente, acrescentou, a segurança do centro hospitalar "sanou de imediato o conflito e acionou as autoridades (PSP), que se deslocaram ao local e tomaram conta da ocorrência".
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Não obstante "ser um caso isolado", o conselho de Administração refutou "este tipo de conduta", manifestou a "sua solidariedade" para com o profissional e informou que "disponibilizou o apoio necessário".
A agência Lusa contactou a PSP que confirmou ter sido chamada na terça-feira à noite à urgência do hospital, tomando conta da ocorrência e participando o caso ao Ministério Público. A Polícia referiu que, quando os agentes chegaram ao local, o alegado agressor já não se encontrava no hospital.
Alguns órgãos de comunicação social avançaram esta quarta-feira que a alegada agressão, designadamente um murro na cara do médico, terá ocorrido depois da morte da mulher do suspeito, naquela unidade hospitalar.
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Nas últimas semanas têm sido noticiados vários casos de agressões a profissionais de saúde em hospitais.
Médicos pedem ação do Governo
O Fórum Médico, que reuniu no dia 29 de janeiro, em Lisboa, decidiu que vai responsabilizar a ministra da Saúde por inação por todos os casos de violência que aconteçam no SNS, bem como pedir reuniões urgentes ao primeiro-ministro, ao Presidente da República, aos líderes parlamentares da Assembleia da República e às comissões parlamentares de Saúde e de Assuntos Constitucionais.
O Fórum Médico agrega a Ordem dos Médicos, os sindicatos e várias associações e sociedades médicas.
No dia a seguir, o Ministério da Saúde anunciou que a violência contra profissionais de saúde vai ser considerada um crime de investigação prioritária através da próxima proposta de lei de política criminal.
Durante a apresentação do Plano de Ação para a Prevenção da Violência no Setor da Saúde, o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, referiu que, em articulação com o Ministério da Justiça, a intenção é consagrar como crime de prevenção e de investigação prioritária as agressões praticadas contra o sistema de saúde e todos os seus profissionais.
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