Conselho disciplinar justifica, à TSF, os quase 1.500 processos que tem pendentes.
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O presidente do conselho disciplinar do Sul da Ordem dos Médicos sublinha que as queixas feitas pelos doentes ou família contra os clínicos são avaliadas de forma voluntária e pro bono, ou seja, de forma gratuita.
Esta é uma das razões apontadas à TSF por Carlos Pereira Alves para justificar as muitas pendências de processos nesta região do país.
Segundo a Ordem dos Médicos existiam nesta região, que vai do Oeste ao Algarve (incluindo as ilhas), 1.466 processos pendentes no final de 2018, ou seja, 74% do total nacional, acima da média de processos abertos (57%).
O presidente do conselho disciplinar do Sul explica que as razões para tantos processos pendentes estão relacionadas, sobretudo, com o número de queixas contra médicos que não para de aumentar e com a demora na obtenção de respostas pelas pessoas envolvidas, por instituições como hospitais, clínicas, colégios ou associações médicas.
No entanto, Carlos Pereira Alves sublinha que os médicos que fazem este trabalho e conduzem os processos o fazem de forma "voluntária e pro bono", gratuita, ou seja, nas "horas vagas e tempos livres".
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O responsável do Conselho Disciplina não responde se este sistema pro bono, voluntário, é o mais indicado, apenas dizendo que "se quisermos alterar as coisas será preciso analisar o assunto na Ordem e mudar os próprios estatutos pois nesta altura é esta a situação prevista".
Sobre o caso do médico que não detetou um bebé que nasceu em Setúbal sem rosto, depois de três ecografias, Carlos Pereira Alves admite que a situação deste clínico não é normal quer pelo tempo de alguns processos (6 anos) quer pelo número de queixas pendentes contra Artur Carvalho.
Esta quarta-feira o bastonário da Ordem dos Médicos criticou de forma veemente, no Fórum da TSF, o número de processos pendentes na região Sul, sublinhando que é, de longe, o maior do país, defendendo mesmo um plano especial para recuperar o elevado número de queixas de doentes e famílias à espera de resposta.
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