Médicos de Medicina Intensiva do Hospital de São João recusam prestação de horário extraordinário
A notícia avançada pelo JN revela que os profissionais de saúde explicam a recusa com a "sobrecarga de horas". Contactada pela TSF, fonte do hospital portuense considera que estas situações mostram que, tal como o conselho de administração tem vindo a alertar, os serviços de urgência necessitam de uma reestruturação robusta e organizada.
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Oito médicos de Medicina Intensiva no Hospital de São João, no Porto, vão entregar, esta sexta-feira, a intenção de recusar a prestação de horário extraordinário. A medida poderá limitar o número de camas no Serviço de Medicina Intensiva da unidade hospitalar.
Segundo uma notícia avançada pelo Jornal de Notícias (JN), os profissionais, que fazem parte da escala do Serviço de Urgência do estabelecimento hospitalar portuense, explicam a recusa com a "sobrecarga de horas", devido à deslocação da Medicina Intensiva para o Serviço de Urgência.
Contactada pela TSF, fonte do São João considera que estas situações mostram que, tal como o conselho de administração tem vindo a alertar, os serviços de urgência necessitam de uma reestruturação robusta e organizada porque as preocupações dos médicos vão muito além das questões remuneratórias, não se resolvendo meramente com o aumento do valor de horas extras.
O Conselho de administração do Hospital São João acrescenta que entende este tipo de iniciativa como um alerta para a necessidade de uma intervenção assertiva na gestão de recursos humanos em geral e de uma reforma profunda na organização e funcionamento dos serviços de urgência.
Os médicos de Medicina Intensiva revelaram a intenção de que a carreira "não se desfoque da formação em Medicina Intensiva" e esperam que com a entrega da intenção de recusa de prestação dos serviços, a "situação se altere".
Ao JN, o Conselho de Administração do Hospital de São João disse "entender este tipo de iniciativa como um alerta para a necessidade de uma intervenção assertiva na gestão dos recursos humanos em geral e de uma forma profunda no funcionamento do Serviço de Urgência".