Médicos deixam alerta: não vá ao centro de saúde pedir a vacina, espere que o chamem
Com a vacinação aos maiores de 50 anos e com comorbilidades prestas a arrancar, começa o verdadeiro teste aos centros de saúde.
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O antigo presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Rui Nogueira, pede às pessoas que esperem pelo contacto dos centros de saúde e respeitem os horários de marcação, agora que vai arrancar a segunda fase do Plano de Vacinação contra a Covid-19 em Portugal.
Esta manhã, a ministra da Saúde, Marta Temido, anunciou que a vacinação de pessoas com idade igual ou superior a 50 anos e "com patologias de risco com desfecho fatal para a Covid-19" vai arrancar já na próxima semana.
Nesta nova fase do plano, Rui Nogueira frisa a importância de transmitir às pessoas que não vão aos centros de saúde à procura da vacina.
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"Nós [os centros de saúde] é que contactamos, nós é que marcamos", sublinha.
O médico ressalta também a necessidade de "respeitar a hora e o dia [da toma da vacina], porque as vacinas estão contadas, são preparadas e, depois de preparadas, têm poucas horas de validade". "Temos de ser muito rigorosos a vacinar e a marcar e as pessoas a respeitar os horários da marcação", alerta.
De resto, os centros de centros de saúde estão prontos para o arranque da vacinação a este grupo, ainda que as condições possam não ser iguais em todo o país.
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"Todo esse processo está a ser preparado com minúcia e isso leva a crer que seja possível, de facto, iniciarmos a vacinação a todo o momento", assegura o médico.
No entanto, "este processo vai ser lento e "é natural que haja assimetrias no país", repara. Pode também haver necessidade de acertos quanto à vacinação dos "doentes que não são seguidos pelo seu médico de família, que não têm médico de família ou que não estão mesmo inscritos num centro de saúde."
Esse pode ser um problema nesta segunda fase da vacinação, mas Rui Nogueira acredita que as maiores dificuldades deverão surgir já na terceira fase, quando o país começar a vacinar em massa.
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"A nossa capacidade de administração de vacinas nos centros de saúde é conhecida", constata o médico. "Mais à frente, na primavera, aí temos de arranjar um plano específico para a vacinação, quando tivermos vacinas para massificar", alerta.
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