
Leonel de Castro/Global Imagens
Pela primeira vez, os médicos internos do Serviço Nacional de Saúde iniciam esta quarta-feira uma greve de dois dias. Exigem melhores salários e a valorização profissional para efeitos de progressão na carreira.
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Uma paralisação convocada pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e que coincide com a greve às horas extraordinárias dos médicos de família. Roque da Cunha, presidente do SIM, explica que os médicos internos querem ver o ser trabalho valorizado.
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"Estamos a falar de cerca de seis mil médicos que no SNS garantem a sua solidez. Muito do trabalho que é feito por eles não tem a ver com atividade formativa, substituem médicos especialistas na escala de urgência, fazem dezenas de horas extraordinárias para garantirem as escalas, veem que os seus cursos obrigatórios para garantirem especialidade têm que ser despendidos pelos seus próprios meios".
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Ainda sem números da adesão à greve nestas primeiras horas, o dirigente do SIM acredita que esta paralisação de dois dias terá um forte impacto. "Esperamos uma expressiva adesão, há a garantia de que os serviços mínimos são totalmente respeitados. Estes médicos que estão de urgência interna, urgência externa, a ajudar nas cirurgias oncológicas, vão garantir serviços mínimos e isso representa muitas horas de trabalho".
Esta quarta e quinta-feira os médicos internos, em pós-formação para obtenção da especialidade, cumprem dois dias de greve. De acordo com dados do SIM, estes clínicos representam um terço dos médicos do SNS. O sindicato reivindica a integração do internato médico no primeiro patamar da carreira médica.