Medina admite "recuperação gradual dos vencimentos", mas diz que não controlar custos seria "uma tragédia"
O ministro das Finanças admite que podem ser dados os primeiros paddos para recuperar slários e assinar "novos acordos de empresa" na TAP.
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O ministro das Finanças, Fernado Medina, discorda de quem defende que "por a TAP ter resultados positivos, pura e simplesmente as dificuldades terminaram" e é possível voltar a uma situação de "menor controlo" de custos.
"Seria uma tragédia e um erro gravíssimo", defende o ministro das Finanças esta sexta-feira na comissão parlamentar de inquérito à TAP.
"Seria deitar fora o esforço dos trabalhadores, em primeiro lugar, das suas famílias, de todos os que trabalham e dirigem a TAP e que deram um contributo muito forte", reforça.
No entanto, questionado pelo deputado do PCP Bruno Dias sobre a eventual reposição dos cortes salariais aplicados aos trabalhadores da companhia aérea face aos resultados positivos em 2022 e nos primeiros meses deste ano, Fernando Medina considerou que os resultados "dão ânimo" e que "é desejável" que a TAP retome o seu processo de normalização.
O ministro das Finanças diz faz sentido "começar a construir as bases de um caminho mais virtuoso", com os primeiros passos para a "recuperação gradual dos vencimentos" e "novos acordos de empresa, mais modernos".
O processo já começou, aponta Fernando Medina, com o acordo coletivo na Portugália, a que se seguirão os pilotos e depois as "diversas áreas profissionais da TAP".