Esquema de fraude nas Finanças. Megaoperação da PJ com 15 mandados de detenção
O ponto-chave desta investigação é uma alta funcionária das Finanças, que passaria informação privilegiada a um advogado, que a usaria depois nos processo de clientes com dívidas ao fisco. Até ao fim do dia, a Judiciária conta executar 15 mandados de detenção.
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Haverá já dois detidos - a alta funcionária da Autoridade Tributária (AT) e um advogado - pontas basilares deste esquema fraudulento, em que a suspeita partilharia informação privilegiada com o jurista, que depois ajudaria os clientes com impostos em atraso.
Mas até ao final do dia, sabe a TSF, haverá 15 mandados de detenção cumpridos.
Desde manhã cedo que a Polícia Judiciária está no terreno, numa megaoperação em seis concelhos do país - Lisboa, Mafra, Coruche, Alcochete, Vendas Novas e Montijo. Entre os locais das 13 buscas, sete domiciliárias e cinco não domiciliárias, está a sede da Autoridade Tributária, em Lisboa.
De acordo com a Polícia Judiciária, a operação "visa a detenção de suspeitos da autoria dos crimes de corrupção ativa e corrupção passiva para ato ilícito, falsidade informática e violação de segredo de funcionário e a consequente recolha de prova".
Segundo a TVI , o advogado António Taveira e a alta funcionária da AT - cujo nome não é ainda conhecido - foram já detidos. Avança a estação de televisão que o esquema estava já a ser monitorizado há cerca de três anos pelas autoridades e terá lesado o Estado em milhões de euros.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou à TSF a realização de buscas no âmbito de inquérito dirigido pelo Ministério Público do DIAP de Lisboa e as Finanças revelaram que investigação decorre na sequência de uma denúncia da AT às entidades competentes.
Em causa estarão crimes de corrupção e branqueamento de capitais.
(Notícia atualizada às 11h19)