A história começou antes, mas a patente do fecho éclair foi registada há um século.
Corpo do artigo
O fecho éclair, fecho, zíper ou zip faz 100 anos, esta segunda-feira. A patente foi registada a 20 de março de 1917 pelo sueco-americano Gideon Sundbäck. Por cá, falar em fechos de correr remete, muitas vezes, para o anúncio ao Polilon, imortalizado pelos Parodiantes de Lisboa. "Polilon são os fechos de correr que a mamã usa. A mamã e as outras senhoras".
miBYf28nnz4
A história do fecho éclair remonta a 1851, quando Elias Howe, inventor da máquina de costura, recebeu uma patente de um "Sistema de fecho automático e contínuo para roupa", que não levou a sério.
Só 42 anos depois voltou a existir uma ideia que se aproximava do sistema de hoje. Whitcomb L. Judson inventou um sistema de "gancho e olho" automatizado, que foi muito bem recebido na World's Fair de Chicago em 1893.
Em conjunto com o Coronel Lewis Walker, Judson abriu a Universal Fastener Company. O dispositivo teve sucesso no mercado e há quem atribua a Judson a invenção do fecho-éclair, embora nunca tenha idealizado o mecanismo.
Em 1901, a companhia foi reestruturada e mudou-se para Hoboken, Nova Jérsia, e é aqui que surge Gideon Sundbäck. Contratado como engenheiro elétrico em 1906, casou com a filha do gerente da fábrica e as suas capacidades técnicas levaram-no a designer chefe.
Depois da morte da mulher, em 1913, Sundbäck melhorou o fecho: aumentou o número de dentes e introduziu-os em duas filas que se fundem numa só através da peça central (que foi aumentada).
Registou com sucesso a patente em 1917, já depois de criar outra empresa no Canadá para ultrapassar questões legais de patentes. Inventou ainda a máquina de produção, que fabricava cerca de 100 metros de fecho por dia, no primeiro ano.
A mais recente novidade introduzida desde essa altura é o fecho que abre a partir de ambas as pontas.