Nem diminuição da emigração e mais nascimentos travaram a perda de pessoas.
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Portugal perdeu 264 mil pessoas entre 2010 e 2016. As contas são do Instituto Nacional de Estatística (INE), que divulgou as últimas estimativas da população residente no país.
Apesar da subida ligeira dos nascimentos em 2016 e da descida (também ligeira) da emigração, Portugal voltou a perder pessoas acabando o ano com menos 31.757 que em 2015.
O país tem hoje perto de 10,3 milhões de pessoas, menos 264 mil que em 2009.
As tendências de 2016 refletem, no fundo, a junção de dois de saldos populacionais negativos: o natural e o migratório.
Nascimentos não compensam mortes
Fazendo as contas, o aumento do número de nascimentos (87.126, mais 1,9% que em 2015) foi insuficiente para compensar o número de óbitos (110.535).
Ou seja, morreram mais 23 mil pessoas em Portugal que aquelas que nasceram em 2016, agravando o saldo natural negativo.
Por outro lado, o número de emigrantes diminuiu (40.377 em 2015 para 38.273 em 2016) e o de imigrantes estabilizou, mantendo-se o saldo migratório negativo (-8.348 pessoas).
Em resumo, há seis anos que são mais aqueles que saem de Portugal para trabalhar que aqueles que chegam.
Menos e mais velhos
Além da evolução do número de pessoas a viver no país, os novos números do INE também revelam o acentuar do envelhecimento demográfico.
Portugal tem hoje menos 18 mil crianças e adolescentes com menos de 15 anos de idade e mais 36 mil idosos com mais de 65.
Por cada 100 jovens existem, em Portugal, 151 pessoas com mais de 65 anos.