Segundo a página oficial da transportadora, pelas 10h40 a circulação estava "normal" em todas as linhas
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A circulação nas quatro linhas do Metropolitano de Lisboa teve já início esta terça-feira de manhã, depois de o serviço não ter arrancado à hora habitual, às 06h30, devido à greve parcial de trabalhadores.
Segundo a página oficial da transportadora, pelas 10h40 a circulação estava "normal" em todas as linhas. A empresa tinha já anunciado que previa a abertura do serviço apenas às 10h30, na sequência da paralisação.
Os trabalhadores decidiram manter as greves parciais marcadas para esta terça-feira e quinta-feira após um plenário realizado na segunda-feira à noite no qual foram rejeitadas as propostas apresentadas pela empresa.
A paralisação foi marcada das 05h00 às 10h00 para os trabalhadores da operação, das 07h00 às 12h00 para os trabalhadores do setor oficinal, das 07h30 às 12h30 para trabalhadores dos setores fixos e administrativos e das 02h00 às 07h00 para trabalhadores dos serviços noturnos e via.
Conforme informou o Metropolitano de Lisboa, o tribunal arbitral não decretou serviços mínimos para estas greves parciais.
Entre as reivindicações dos trabalhadores estão o aumento do subsídio de refeição, de férias e de Natal e alterações no horário máximo de trabalho semanal.
Depois de um plenário inconclusivo realizado na segunda-feira à tarde, os trabalhadores reuniram-se novamente pelas 23h30 e decidiram chumbar a proposta da empresa, indicou Sara Gligó, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans).
A representante referiu então que a greve parcial desta terça-feira iria decorrer e que ficou em aberto a realização da paralisação marcada para quinta-feira: "Depende da apresentação de uma proposta por parte da empresa, mas as expectativas são baixas.”
Em comunicado, o Metropolitano de Lisboa lamentou que a greve parcial decretada pelas organizações representativas dos trabalhadores não tenha sido suspensa.
“A empresa tudo fez para evitar estas paralisações e continua empenhada em manter as negociações com os trabalhadores para pôr termo a estas divergências”, referiu.
De acordo com a transportadora, foram apresentadas “duas propostas negociais, assentes em princípios previamente firmados no Acordo de Empresa de 2023, procurando responder às reivindicações apresentadas com equilíbrio, responsabilidade e no respeito pelos limites de sustentabilidade da empresa e correspondentes ao caderno reivindicativo dos sindicatos”.
Sara Gligó tinha adiantado durante a tarde de segunda-feira que os sindicatos estiveram reunidos com a administração do Metropolitano de Lisboa, que "reiterou a proposta apresentada anteriormente".
O Metropolitano de Lisboa opera diariamente com quatro linhas: Amarela (Rato-Odivelas), Verde (Telheiras-Cais do Sodré), Azul (Reboleira-Santa Apolónia) e Vermelha (Aeroporto-São Sebastião).