O Governo apresentou a solução alternativa ao metro ligeiro de superfície que estava previsto para o ramal ferroviário da Lousã, e que serve também os concelhos de Coimbra e de Miranda do Corvo.
Corpo do artigo
Autocarros elétricos ou a gás natural, com guiamento automático, tal como existe em várias cidades europeias, ou por exemplo no Japão, em Kesenumma, uma cidade afetada pelos sismos em 2011 e que transformou a ferrovia precisamente em Metrobus. Um investimento mais barato, que não chega aos cem milhões de euros.
TSF\audio\2017\06\noticias\02\miguel_midoes_12h
Foram mostrados no salão nobre da Câmara Municipal da Lousã projetos idênticos um pouco por todo o mundo desenvolvido, como por exemplo em Kesenumma, no Japão, ou na Europa em cidades francesas como Rouen, Nimes ou Paris. É um metrobus, um autocarro, que poderá ser elétrico, híbrido ou a gás natural. O investimento é três vezes menor que o metro ligeiro de superfície que estava previsto.
Na reportagem áudio poderá ouvir Pedro Marques, ministro do Planeamento e das Infraestruturas reconhecer o cansaço das populações da região de Coimbra e justificar o porquê da impossibilidade de regressar a ferrovia.
Espera-se que o Metrobus transporte acima do milhão de passageiros que transportava o comboio. O canal será o mesmo, uma linha única de Serpins até ao Alto de São João, já em Coimbra, depois haverá mais duas linhas, de via dupla, uma que conduz a Coimbra B, outra que segue até aos hospitais.
Em três anos e meio, Pedro Marques espera que o metrobus esteja em funcionamento. Vai reduzir o tempo de percurso, serão 43 composições a circular em guiamento automático, mas o ministro descansa os mais céticos em relação a este tipo de condução. Isto porque o guiamento automático existirá apenas para tornar a condução mais segura, em cada composição do metrobus existirá sempre um humano a conduzi-la.
O investimento nesta nova infraestrutura ficará entre os 75 e os 90 milhões de euros.
A CCDRC (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro) garante que existe financiamento para a infraestrutura e que a região encontrará também forma de financiar os veículos.
Com este novo projeto cai por terra a ideia do metro ligeiro de superfície, o Metro Mondego, e desaparecem algumas obras, como é o caso do túnel previsto para a zona de Celas.
De Serpins ao Alto de São João (Coimbra), o canal será de via única, dentro da cidade, as duas linhas serão de via dupla. Uma delas conduzirá à renovada estação de Coimbra-B, terminando assim a ligação ferroviária à estação que está localizada na baixa da cidade de Coimbra.