Em conferência de imprensa o presidente da empresa explica que as famosas rendas da energia resultam de imposições legais de Bruxelas e da necessidade de garantir neutralidade financeira para a EDP.
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À mesma mesa, António Mexia, João Manso Neto e Eduardo Catroga. Objetivo, "ajudar a compreender a investigação em curso". Mexia tem pena que estas explicações só possam acontecer agora e não mais cedo mas "só ontem tivemos acesso ao processo".
António Mexia garante que "este processo não é novo e já foi amplamente escrutinado nos últimos anos"
Lembrando que "houve uma queixa anónima em Portugal e uma não anónima junto da Comissão Europeia", o presidente da EDP recorda que por duas vezes, "em 2013 e em 2017, a Comissão considerou-se totalmente esclarecida, acabando por arquivar os processos".
António Mexia lembra ainda que "as pessoas em causa estavam exclusivamente a agir em nome dos órgãos para onde foram eleitos, por delegação dos poderes que lhes eram conferidos e as decisões foram colegiais".
O presidente da EDP recuou a 1995 altura em que foram criados estes contratos de energia e em que "o estado fixou uma rentabilidade garantida a EDP e outras empresas de energia". Acontece, explica Mexia, que "estes contratos de 95 não eram compatíveis com a legislação europeia que apontava para uma liberalização do mercado. Como o estado tinha contratos que já tinha vendido, o que se pretendeu foi garantir a neutralidade do novo regime, cumprindo as novas leis."
O presidente da EDP garante que os famosos CMEC "tinham por objetivo garantir a neutralidade financeira e foram uma imposição legal". António Mexia garante que as remunerações não foram fixadas em 2007, mas sim em 95 e revistas em baixa em 2004".